Polícia Civil flagra a "Fametro" furtando água da "Manaus Ambiental"

A Delegacia Especializada em Combate a Furtos de Energia, Água, Gás e Serviços de Telecomunicações (DECFS) constatou furto de água, após denúncia da concessionária responsável pelo abastecimento da capital, na Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro), localizada na avenida Constantino Nery, bairro da Chapada, Zona Centro-Sul de Manaus.

No local onde funciona a faculdade foi contatado pelos técnicos que a água consumida na obra de reforma e ampliação era furtada. 

A Fametro pertence aos empresários Wellington Lins de Albuquerque e George Lins de Albuquerque, irmãos do deputado estadual Belarmino Lins, um dos principais cabos eleitorais do senador e candidato ao Governo do Amazonas, Eduardo Braga. 

A ação policial foi deflagrada por volta das 9h e foi coordenada pelotiitular da Especializada, delegado Alfredo Dabella.

As investigações tiveram início, a partir de uma denúncia registrada por representantes da empresa que administra o serviço na capital, a Manaus Ambiental, que constatou, após fiscalização de rotina, uma ligação clandestina no local.

O delegado Alfredo Dabella revelou como se deu as investigações e os procedimentos adotados em relação ao delito:

“Em face da denúncia de que neste local estaria ocorrendo furto de água diretamente da rede pública, nós instauramos o inquérito policial, requisitamos a perícia, e hoje estamos averiguando o fato. Diante das circunstâncias, comprovamos o delito. Os responsáveis pelo prédio e pela obra foram notificados a comparecer na delegacia amanhã (quarta-feira), para iniciarmos as oitivas, e assim detectarmos os responsáveis pelo desvio”.

Policiais civis na Fametro: furto constatado (Foto: Divulgação / Polícia Civil)

Na ocasião, a autoridade policial enfatizou a finalidade das investigações realizadas pela Especializada. “A Delegacia foi criada com o objetivo de apurar esse tipo de crime, porque causa danos à sociedade. A água que estava sendo desviada falta em algum lugar da cidade, e bem provavelmente, na casa dos consumidores próximos a esta faculdade”, disse a autoridade policial.

O coordenador de fiscalização da concessionária Manaus Ambiental, Francisco de Assis Souza, explicou como a fraude foi detectada pelos técnicos da empresa.

“Todas as ligações que abasteciam a faculdade no sistema da Manaus Ambiental estão cortadas e suprimidas, com isso subentendemos que não deveria haver água no local. Em uma vistoria de rotina nas ligações cortadas da faculdade, observamos que na obra que está sendo executada, havia um grande fluxo de água, por meio de uma das ligações clandestinas. Esse tipo de prática delituosa pode causar infiltrações capazes de contaminar a rede, além de diminuir a pressão no abastecimento das casas adjacentes”, informou o coordenador.