02 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
17/07/2014

Queda de avião com 295 a bordo foi ato terrorista, afirma presidente da Ucrânia

Foto: Maxim Zmeyev / Reuters

Ucrânia acusa rebeldes pró-Rússia de derrubar avião com 295 a bordo

Um avião da Malaysia Airlines que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no Leste da Ucrânia perto da fronteira russa nesta quinta-feira. Num conflito de versões, o Ministério do Interior ucraniano afirmou que o voo MH17 foi, provavelmente, abatido por um míssil Buk terra-ar e declarou que não há sobreviventes. O Boeing 777 saiu da Holanda às 12h14m (horário local) com 295 pessoas a bordo, 280 passageiros e 15 tripulantes. Pelo menos cem corpos foram observados num raio de 15 quilômetros. Entre as vítimas, estariam 23 americanos, nove britânicos, quatro franceses, 30 holandeses, incluindo 80 crianças. O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, determinou a criação de uma comissão para investigar o caso e descartou um acidente.


"Isso não é nem um acidente, nem uma catástrofe, é um ato terrorista", afirmou o porta-voz, Sviatoslav Tsegolko, no Twitter, atribuindo a declaração a Poroshenko.


Tanto o governo russo, quanto os separatistas do Leste ucraniano e também Kiev negaram envolvimento na queda do avião. A Rússia e a Ucrânia possuem mísseis Buk, e funcionários do Ministério da Defesa e da Segurança Nacional ucranianos informaram que os rebeldes também têm o armamento. Segundo os separatistas, o avião teria sido abatido por um jato ucraniano.

 

O governo, no entanto, resgata os acontecimentos dos últimos dias para provar que se tratou de um ataque.


— Este é o terceiro incidente trágico nos últimos dias depois de aeronaves militares ucranianas An-26 e SU-25 terem sido derrubadas a partir do território russo. Nós não descartamos que este avião também tenha sido abatido e ressaltamos que o Exército não tomou nenhuma ação para destruir alvos no ar — acrescentou Poroshenko.

 

O chefe de segurança do Estado da Ucrânia, Valentyn Nalivaychenko, foi mais direto e acusou dois oficiais russos de envolvimento na derrubada do avião, afirmando que eles devem ser punidos "por seus crimes". Nalivaychenko alega basear sua acusação em interceptações de conversas telefônicas. Segundo o embaixador ucraniano na ONU, Yuriy Sergeyev, o país vai apresentar provas do envolvimento da Rússia na queda do Boeing. Kiev também denunciou que separatistas armados estão prejudicando os trabalhos de busca no local da queda.

 

Em uma ligação telefônica, o presidente russo, Vladimir Putin, conversou sobre a tragédia com presidente dos EUA, Barack Obama, informou o Kremlin. Os dois líderes haviam marcado uma chamada para discutirem a crise ucraniana quando receberam informações dos controladores de tráfego aéreo sobre o acidente.

 

Putin enviou "profundas condolências" ao primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, que disse estar "chocado com a notícia". O premier britânico, David Cameron, também expressou tristeza pelo acidente.

 

As informações sobre o número de passageiros e possíveis vítimas são confusas. Segundo a Reuters, citando a agência Interfax, haveria mais de 300 mortos, incluindo 23 cidadãos americanos, o que ainda não foi confirmado pelos Estados Unidos. Dados preliminares também apontam a presença de 80 crianças a bordo do voo.

 

A agência holandesa ANP afirmou que estavam na aeronave 19 clientes das empresas D Travel Stores, Thomas Cook e VakantieXperts. De acordo com duas agências de viagens que venderam bilhetes para o voo, pelo menos 30 holandeses estavam no avião. Vários passaportes holandeses foram encontrados perto do local do acidente.

 

Outros quatro franceses estariam a bordo, segundo o chanceler francês, Laurent Fabius, acrescentando que o número pode aumentar. Diplomatas informaram que nove britânicos estavam entre os passageiros do voo.

 

Por enquanto, a Malysia Airlines apenas confirmou que a aeronave desapareceu dos radares. O voo utilizava o código KL4103 e era compartilhado com a holandesa KLM (code share, em términos técnicos).

 

A tripulação não relatou problemas durante o voo. Uma fonte não identificada das forças de segurança ucranianas, citada pela Interfax, disse que o avião desapareceu do radar a uma altura de 10 mil metros. Inicialmente, separatistas pró-russos disseram ter encontrado uma caixa-preta que poderia ser do avião, mas depois negaram a informação.

 

Fonte: globo.com/ com agências internacionais

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