19 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
01/10/2018

Alemanha detém grupo de extrema direita acusado de terrorismo

Foto: Christoph Schmidt / AFP

Seis homens são suspeitos de atacar estrangeiros e planejar atentados a policiais e funcionários públicos

A polícia alemã deteve na última sexta-feira seis homens suspeitos de formar uma organização de extrema direita que agrediu estrangeiros na cidade de Chemnitz, no Leste do país. Eles também teriam planejado ataques a políticos e funcionários públicos, informou o Ministério Público Federal da Alemanha nesta segunda-feira.


"No curso de novas investigações, encontramos indícios tangíveis de que a organização perseguiu metas terroristas", afirmou a promotoria.

 

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Cerca de cem policiais, apoiados por unidades especiais de comando, detiveram os seis suspeitos com idades entre 20 e 30 anos, de acordo com mandados emitidos pelo Tribunal Federal de Justiça em 28 de setembro, informou o Ministério Público. O grupo foi detido no estado da Saxônia, onde fica Chemnitz.


Os homens são acusados de formar a "Revolução Chemnitz", uma organização batizada com o nome da cidade onde um alemão foi morto, supostamente por imigrantes, em agosto, provocando uma das mais violentas reações da extrema direita na Alemanha em décadas.


"Com base nas informações que temos até agora, os suspeitos pertencem à cena hooligan, skinhead e neonazista na área de Chemnitz e se consideravam figuras proeminentes no ambiente extremista de direita no estado da Saxônia", disseram os promotores.


Um suspeito, que se acredita ser o líder do grupo, já estava preso. Ele foi detido em 14 de setembro sob acusações de ameaçar a paz pública. Todos os membros da organização criminosa aparecerão perante um juiz, que decidirá se os manterá em prisão preventiva.


O Ministério Público Federal alemão disse ainda que o grupo planejou adquirir fuzis semiautomáticos. Cinco dos suspeitos atacaram e feriram estrangeiros em Chemnitz no último dia 14 de setembro, usando garrafas de vidro, luvas de aço e tasers (armas de eletrochoque). O grupo também planejou realizar outro ataque em 3 de outubro, afirmou a promotoria, sem dar mais detalhes.


Governo abalado

 

A violência em Chemnitz, onde militantes de extrema direita perseguiram imigrantes pelas ruas e chegaram a fazer saudações nazistas — proibidas por lei na Alemanha — expôs profundas divisões sobre a decisão da chanceler Angela Merkel de acolher quase 1 milhão de migrantes em 2015, a maioria muçulmanos. Os protestos na cidade também acirraram as tensões entre membros da coalizão de Merkel.


Os aliados do Partido Social Democrata (SPD) não conseguiram imediatamente chegar a uma decisão sobre o chefe da agência de espionagem BfV, Hans Georg Maassen. Em uma declaração muito criticada, ele questionou a autenticidade dos vídeos em que ultradireitistas perseguem imigrantes em Chemnitz.

 

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No mês passado, no entanto os parceiros da coalizão governista firmaram o compromisso, de transferir Maassen para o Ministério do Interior, dando por encerrada uma crise que quase derrubou o novo governo, de apenas seis meses.


As manifestações de grupos neonazistas entre o final de agosto e o início de setembro motivaram a Embaixada da Alemanha no Brasil a produzir um vídeo explicando como o período do Terceiro Reich é ensinado nas escolas do país. A publicação repercutiu nas redes sociais após internautas brasileiros terem contestado fatos históricos.


O Globo

 

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