Sandro Dias quer ir aos Jogos
Sandro Dias, o Mineirinho, enfrenta um novo desafio na carreira.
Desde o fim de setembro, o hexacampeão mundial (2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2011) é diretor de esportes da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).
Mas o sonho dele ainda é participar da olimpíada como atleta, e o skate estará, pela primeira vez, no programa de provas, em Tóquio 2020.
- Eu tenho vontade de ir para a olimpíada. Eu tenho vontade de tentar o park, já que é uma modalidade que eu tenho um pouco mais de facilidade, que eu já competi bastante.
A gente precisa saber como funcionam as classificatórias, mas eu tenho vontade de tentar.
A gente luta para que seja uma coisa bem democrática para que todos tenham a oportunidade de, pelo menos, tentar e eu gostaria de tentar.
Vou estar com 45 anos no Japão, quem sabe eu não seja o mais velho dos jogos? - disse, sorrindo, o skatista.
O skate vai ter duas modalidades diferentes nos Jogos: street e park. Street é uma pista que simula obstáculos de rua, com escadarias, corrimões e rampas.
Park é uma das mais novas modalidade do skate e reúne bowl, bank e street, mas com uma integração entre os obstáculos para que o atleta consiga emendar algumas manobras.
Como são as maiores potências do esporte, o Brasil e os Estados Unidos tem direito a 12 vagas cada, seis por modalidade, sendo três no feminino e três no masculino.
Também entrarão os seis melhores da Europa, e os dois melhores das Américas, da África, da Ásia e da Oceania, totalizando 20 esportistas em cada modalidade e gênero.
- Ainda está sendo definido como serão as classificatórias perante a Federação Internacional de Skate, eles estão definindo com o Comitê Olímpico Internacional e ainda não passaram como vai ser pra gente - explicou.
Como diretor, Mineirinho quer desenvolver um programa olímpico visando a estreia da modalidade nos jogos de Tóquio, em 2020.
- A nova diretoria da Confederação Brasileira de Skate é muito recente, tem uns três meses, mas só nesses três meses já fez muita coisa.
Agora, a gente começa os trabalhos, tentar organizar a confederação, os circuitos, um programa olímpico, que é a nossa ideia, ter um programa olímpico muito bacana já que a gente tem chances de ter medalhas nos jogos olímpicos de Tóquio nas duas modalidades do skate - falou.
Após muita polêmica, em dezembro, o Comitê Olímpico do Brasil reconheceu a CBSk como representante do skate olímpico e Sandro garantiu que o relacionamento entre as duas entidades tem funcionado bem, mas criticou o COB em relação aos investimentos.
- A gente quer mais investimentos porque a gente sabe que o skate é muito forte, tem muitas chances de trazer medalha e eu falo medalha de ouro mesmo, tanto no feminino quanto no masculino e nas duas modalidades.
Foto: Reprodução
Hoje, o investimento no skate no programa olímpico é muito pequeno, é o menor investimento que existe de todos os esportes olímpicos que tem no Brasil. A gente espera que tenha mais porque a gente tem muita chance de se dar bem - disse.
Sancionada em 16 de julho de 2001, a Lei N° 10.264, conhecida como Lei Agnelo/Piva, proporcionou um avanço na captação de recursos destinados ao desenvolvimento desportivo brasileiro.
Ela destina 1,7% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB. Do que lhe cabe, o COB investe obrigatoriamente por lei 10% no Esporte Escolar e 5% no Esporte Universitário, e o restante é aplicado nos programas das Confederações e do COB.
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