Canoeiro acordou desconfiado que não é pai do bebê e menstruação da mãe 'não veio'

O caso do sumiço do bebê Pablo Pietro, de 4 meses, desde o último dia 14, a cada momento ganha novos contornos, e sempre com histórias que beiram a fantasia. Hoje a Delegacia de Homicídios e Sequestros realizou em Manaus acareação entre os pais da criança e principais suspeitos pelo desaparecimento da criança, o que a essa altura já passa a ser também uma suposição.

Além de manterem suas versões de atribuir ao outro a culpa pelo bebê ter sido atirado nas águas do rio Negro, o canoeiro Josias de Oliveira Alves, de 30 anos, acordou hoje com a ideia de que pode não ser o pai biológico de Pablo.

O advogado do suposto pai, Wagner Amâncio dos Santos, disse que estuda como pedir exame de DNA para tirar essa dúvida levantada hoje por Josias. Para isso, precisará encontrar entre os objetos apreendidos pela perícia da polícia algum material genético que sirva para o teste.

Já a defesa de Cleudes Maria Batista de Moraes, de 22 anos, feita pelo advogado Thiago Bezerra, não deixou por menos na tentativa de livrar a cara da cliente. Dizendo à imprensa que era um segredo o que ia revelar naquele momento, afirmou que Josias tentou matar a ex-companheira porque ela teria dito que a "menstruação não veio", o que poderia significar uma nova gravidez. 

Delegado Ivo Martins ouve envolvidos na tentativa de elucidar caso (Divulgação)

Canoeiro troca o nome da criança na acareação

Na acareação de Josias com a ex-mulher Cleudes Maria Batista de Moraes, de 22 anos, trocou o nome da criança várias vezes, deixando o delegado de Homicídios e Sequestros, Ivo Martins, mais intrigado e até mesmo com certa impaciência. “A troca de acusações entre o casal é a mesma desde o início das investigações. Esperamos esclarecer o caso em breve", disse.

Em 15 dias, e como parte da tentativa de desfazer o nó desse caso que tem cara de novela, o delegado Ivo Martins pretende fazer a reconstituição do possível crime. “Nenhuma hipótese nesse caso está descartada”, tem afirmado frequentemente o delegado, até mesmo de a criança estar viva em algum lugar.