27 de Abril de 2024 - Ano 10
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18/10/2017

Causa da dislexia está nos olhos e pode ser tratada

Foto: Reprodução

Cientistas identificam que alinhamento das células receptoras de luz desencadeia a condição que afeta a capacidade de leitura

Pesquisadores franceses acreditam ter encontrado uma causa anatômica e aparentemente tratável da dislexia, que estaria localizada em minúsculas células receptoras de luz nos olhos, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira.

 

Entre as pessoas que não são afetadas por essa disfunção que afeta a leitura, esses receptores não têm a mesma forma em ambos os olhos: são assimétricos. Quando o sujeito vê uma imagem, o cérebro escolhe o sinal enviado pelo olho dominante — o ser humano tem um que prevalece sobre o outro — para recriá-la.

 

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Já nos disléxicos essa zona é simétrica nos dois olhos, segundo o estudo publicado na revista "Proceedings of the Royal Society B". Isso torna o cérebro incapaz de escolher entre os dois sinais enviados por ambos os olhos, o que explicaria a confusão que os disléxicos sofrem na hora de ler e escrever, por exemplo, as letras "b" e "d".

 

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— Nossas observações nos permitem pensar que encontramos uma causa potencial da dislexia — disse à AFP um dos autores do estudo, Guy Ropars, da Universidade francesa de Rennes.

 

Além disso, "tanto para as crianças quanto para os adultos", o "diagnóstico é relativamente simples", já que é determinado observando os olhos, afirmou.

 

Ropars e seu colega Albert Le Floch chegaram a essas conclusões comparando dois grupos de 30 estudantes, um com pacientes com dislexia e o outro, não. E a boa notícia é que a partir da causa é possível chegar a um tratamento.

 

— Descobrimos que há um intervalo de tempo entre a imagem primária (vista pelo olho) e a imagem-espelho (recriada pelo cérebro), e isso nos permitiu desenvolver um método para borrar a imagem-espelho que tanto confunde os disléxicos — contou Ropars, apontando para uma lâmpada LED.

 

Alguns dos participantes afetados por essa disfunção chamaram-na de "lâmpada mágica", embora os pesquisadores tenham advertido que são necessários novos estudos para confirmar que a técnica realmente funciona.

 

— Existem outras possibilidades de tratamento para compensar essa simetria, utilizando a plasticidade do cérebro. Certamente, (no futuro) poderão ser adaptadas pelos médicos — afirmou.

 

A dislexia afeta cerca de 700 milhões de pessoas no mundo, ou seja, uma em cada dez.

 

O Globo

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