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19/01/2018

COI revisará regras para trans e caso Tifanny vira 'batata quente'

Foto: Reprodução

Pouco mais de um mês depois de ser aprovada pela comissão montada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para jogar entre as mulheres, a presença da oposta Tifanny Abreu na Superliga causou tamanho rebuliço que agora o futuro da atleta é jogado de mã

O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz que cabe a cada federação internacional regulamentar a participação de atletas transexuais em suas competições.

 

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) repete o discurso, afirmando que cabe a cada confederação nacional tomar essa decisão para suas competições internas.

 

Pouco mais de um mês depois de ser aprovada pela comissão montada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para jogar entre as mulheres, a presença da oposta Tifanny Abreu na Superliga causou tamanho rebuliço que agora o futuro da atleta é jogado de mão em mão, como batata quente.


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Foi a CBV quem inicialmente reconheceu que Tifanny, de 32 anos, que até três anos utilizava seu nome de batismo Rodrigo Abreu, poderia jogar a Superliga Feminina.

 

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Para tanto, recebeu da FIVB um comunicado solicitando a transferência internacional (antes ela atuava na Itália) para Tifanny. Uma junta da Comissão Nacional Médica (Conamev) da CBV analisou os exames apresentados pela jogadora, que estava há 12 menos dentro do limite exigido de testosterona no seu organismo. Ou seja: ela se encaixava no “consenso” emitido por uma comissão do COI em 2015.


Em entrevista, o médico da CBV, João Grangeiro, afirmou que, pessoalmente, era contra a liberação de Tifanny para jogar entre as mulheres, mas que não poderia vetá-la. Afinal, ela cumpria todas as exigências desse consenso do COI, assinado por uma junta de 20 médicos e especialistas.

 


Esse cenário, porém, sofreu alteração. Primeiro, na terça, a FIVB enviou um comunicado à imprensa afirmando que uma junta médica vai se reunir no próximo dia 24 para definir parâmetros para a aprovação de registro de jogadoras trans no vôlei. Essa comissão médica não espera ter uma conclusão antes dos Jogos de Inverno, que serão disputados em fevereiro na Coreia do Sul.


No mesmo documento, a FIVB deixou claro: “A participação de atletas transgêneros em competições de nível nacional é responsabilidade exclusiva da federação nacional”. Para definir quem pode ou não disputar suas competições oficiais, entre elas os Mundiais deste ano, a FIVB vinha argumentando que esperava novas recomendações do COI.

 

Fotos: Reprodução


E, de fato, o COI deve rever o consenso de 2015. Em nota ao Olhar Olímpico, na quarta, o comitê internacional afirmou que “este ano” espera publicar uma atualização do consenso para as IF (federações internacionais), incluindo um apêndice médico para estabelecer novas regras. Além disso, apontou que cabe às IF “decidir as regras de elegibilidade em uma base esportiva, disciplinar e até mesmo específica para eventos, tanto para o hiperandrogenismo quanto para o transgênero”.


A situação pode ser comparada à discussão sobre nacionalidades. Martinica, por exemplo, não joga as Eliminatórias da Copa porque não é reconhecida como um país pela Fifa, que dá à Conmebol a autonomia para reconhecê-la assim para a disputa da Copa Ouro. Ser elegível para uma competição não significa ser para outra.

 

Uol

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