Comércio vazio reflete recessão
As vendas no varejo avançaram 1% em abril, frente a março, após dois meses de queda na comparação com o mês anterior. Frente a abril de 2016, houve uma alta de 1,9%.
É a primeira taxa positiva na comparação anual após 24 meses seguidos de perdas. O comércio sente os efeitos da recessão, que provoca aumento do desemprego e reduz a renda das famílias, comprometendo o consumo.
No resultado acumulado em doze meses, o varejo ainda registra queda de 4,6%.
Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
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A expectativa do mercado era de que o comércio registrasse recuo de 0,7% frente a março, com projeções que variavam entre queda de 1,6% a alta de 0,9%, segundo a Bloomberg News. Na comparação com abril de 2016, o mercado projetava recuo de 1,6%, com estimativas entre recuo de 3,6% e crescimento de 0,9%.
Os desdobramentos da crise política deflagrada após a revelação do conteúdo das denúncias da JBS contra o presidente Michel Temer já aparecem nas sondagens de confiança, um sinal de como a economia reagiu à onda de turbulência.
Segundo o economista Aloísio Campelo, superintendente de estatísticas públicas do Ibre/FGV, o Índice de Incerteza Empresarial (IIE) apresentava queda de 3 pontos até o dia 17 de maio, quando o GLOBO revelou o conteúdo da conversa comprometedora entre Temer e o empresário Joesley Batista. Depois, encerrou o mês com alta de 9 pontos.
Foto: Reprodução
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