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08/10/2015

Controverso 'Evangelho da Esposa de Jesus' pode ser falso, dizem estudiosos

Foto: Reprodução / Internet

Conhecido como o Evangelho da Esposa de Jesus, o pedaço de papiro causou polêmica em todo o mundo quando foi revelado pela primeira vez por acadêmicos. Uma análise sobre as origens do fragmento revelou que ele poderia ser parte de um texto maior, contendo uma linha que dizia: “Jesus disse-lhes: minha esposa ... e ... ela será capaz de ser meu discípulo”. Mas, logo em seguida, Ele também faz referência à “Maria”, que foi interpretado como sendo Maria Madalena.

 

No entanto, documentos obtidos pela Live Science sugerem que o papiro pode não ser tudo isso que parece. A professora Karen King, da Escola Teológica de Harvard, nos EUA, revelou que o fragmento mostrado ao mundo em 2012, foi obtido de um papiro, em 2011, de um proprietário anônimo. Ela disse que os documentos obtidos do proprietário mostram que ele o comprou de um homem chamado Hans-Ulrich Laukamp, em 12 de novembro de 1999. Uma nota manuscrita do contrato diz: “Vendedor ganha fotocópias de correspondência em alemão. Os papiros foram adquiridos em 1963 pelo vendedor, em Postdam (Alemanha Oriental)”. No entanto, a Live Science alega ter encontrado evidências que sugerem que teria sido difícil para o Sr. Laukamp, ​​que morreu em 2002, ter obtido o papiro.

 

 

 

Rene Ernest, o advogado que representou H. Laukamp após sua morte, afirma que seu cliente era dono do papiro. Ele insistiu que o Sr. Laukamp não tinha interesse em antiguidades e não quis ficar com eles. Ele diz que, em 1963, o Sr. Laukamp estava morando em Berlim Ocidental. Porém, neste momento, os alemães ocidentais não eram autorizados a visitar a Alemanha Oriental, apenas caso visitassem a família no Natal - o que não era seu caso. Qualquer tentativa seria arriscada, podendo acarretar em prisão e possível execução, principalmente se ele fosse descoberto carregando um documento que continha uma escrita enigmática.

 

Laukamp e sua esposa, Helga, não possuem filhos ou parentes vivos, e Axel Herzprung, um amigo do casal e um parceiro de negócios, também disse que não tinha conhecimento do papiro ou de seu interesse em antiguidades. Isto sugere que, se a história do papiro é verdade, então ele teria exigido uma quantidade notável de subterfúgio de Laukamp, ​​a fim de obtê-lo. É possível que ele tenha feito uma viagem ousada à Alemanha Oriental ou talvez teve a ajuda das autoridades para chegar a Postdam, em 1963. No entanto, usando registros publicamente disponíveis da Flórida, nos EUA, e da Alemanha, o portal Live Science afirma ter descoberto documentos que mostram que Laukamp era o dono de uma empresa de fabricação de ferramentas com sede em Berlim e um escritório na Flórida. Empregando cientistas, engenheiros e comerciantes qualificados, de acordo com os registros, o portal sugere que estas pessoas poderiam ter sido capazes de produzir uma falsificação.

 

 

 

 

 

O atual proprietário pediu para permanecer anônimo, mas tem documentos que mostram um contrato de venda de 1999 do proprietário anterior (Hans-Ulrich Laukamp). A assinatura acima é do Sr. Laukamp em setembro de 1997, em outro documento, que está sendo analisado para encontrar autenticidade nesta possível negociação.

 

Os registros mostram que no período que antecedeu 1999, quando Laukamp aparentemente vendeu o papiro, ele investiu grandes quantidades de dinheiro em uma nova fábrica, em Berlim, uma nova casa, em Venice, na Flórida, e abriu um escritório para o seu negócio. No entanto, o portal Live Science afirma que é possível que o documento também possa ter sido forjado pelo proprietário anônimo, usando Laukamp como uma história conveniente. Eles dizem que os documentos com as assinaturas poderiam ser usados para blindar o proprietário anônimo.

 

Alguns acadêmicos têm apontado cartas mal escritas e gramática e sintaxe incomuns, sugerindo que o texto possa ser uma falsificação moderna, baseada em um texto que apareceu na internet, em 1997.

 

“A falta de informações sobre a proveniência da descoberta é lamentável, uma vez que, quando conhecidos, tais informações são extremamente pertinentes. Dado que a proveniência da descoberta de pequenos fragmentos de papiro é frequentemente desconhecida, no entanto, a falta é inabitual e pouco decisiva sobre a questão”, disse Karen King. “Em meu julgamento, a combinação de equívocos com sofisticação parece extremamente improvável. Mais pesquisas ou o desenvolvimento de novos métodos podem oferecer provas determinantes”, concluiu. 

 

Fonte: JC

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