02 de Maio de 2024 - Ano 10
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Manaus
26/10/2018

Crianças menores de um ano devem ser vacinadas contra o sarampo, alerta Prefeitura após faixa etária apresentar aumento de casos suspeitos

Foto: Divulgação

No período de 2 de setembro a 6 de outubro, o índice de casos suspeitos entre crianças menores de um ano subiu para 22,5%

Os pais ou responsáveis, que ainda não levaram as crianças menores de um ano para tomar a vacina contra o sarampo, devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa. O alerta é da Prefeitura de Manaus, por ser a faixa etária que, entre o total de notificações de casos suspeitos, tem apresentado um aumento de casos nas últimas semanas.


Mesmo com a redução de 44,9% nas notificações de casos suspeitos de sarampo no período de 29 de julho a 22 de setembro, em comparação com o período de 03 de junho a 28 de julho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) está reforçando nos serviços de saúde a busca ativa de grupos considerados ainda vulneráveis para a doença.


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A principal preocupação é com o grupo de crianças menores de um ano, faixa etária que, entre o total de notificações de casos suspeitos, tem apresentado um aumento nas últimas semanas. Entre 29 de julho a 1º de setembro, foram 2.101 casos suspeitos notificados e, desse total, 14,5% foram registrados em menores de um ano. Já no período de 2 de setembro a 6 de outubro, Manaus registrou um número menor de casos suspeitos, com um total de 405 notificações, mas o índice entre crianças menores de um ano subiu para 22,5%.


O gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, enfermeiro Jair Pinheiro, explica que, no início do surto de sarampo, a faixa de menores de um ano apresentou alto índice de casos, tendo redução após a intensificação das ações de imunização executadas pela Prefeitura de Manaus, mas voltaram a registrar um crescimento desde o início de setembro.


“O Ministério da Saúde recomendava a vacina de rotina contra o sarampo a partir de um ano de idade e por isso a faixa etária de menores de um ano era uma das mais suscetíveis para a doença. Com o início do surto em fevereiro, a orientação passou a ser a vacinação a partir dos seis meses de idade. E a Semsa estabeleceu várias ações para intensificar a oferta da vacina para crianças”, explica Jair Pinheiro.


Uma dessas ações foi a campanha direcionada para crianças de seis meses a menores de cinco anos, que atingiu 106,9% da meta. “Mas, muitas crianças estão completando seis meses de vida e os pais precisam ficar atentos para procurar uma Sala de Vacina assim que os filhos atingirem a idade recomendada para imunização. Caso contrário, o número de casos irá continuar aumentando nessa faixa etária”, destaca Jair Pinheiro.


Outra dificuldade na proteção das crianças menores de um ano, alerta Jair Pinheiro, é o fato de que, mesmo com a oferta de vacina para a faixa etária de seis meses a 49 anos, ainda existem pessoas que não se imunizaram e que continuam vulneráveis ao sarampo, principalmente entre adolescentes e jovens de 15 a 29 anos.


“Crianças menores de seis meses não podem tomar a vacina contra o sarampo e a única forma de proteger esse público é aumentar a cobertura vacinal da população como um todo, o que vai evitar a transmissão da doença. É preciso garantir que as pessoas que têm contato com essas crianças, pais, mães, irmãos, primos, tios e tias, amigos da família, todos estejam vacinados contra a doença”, adverte Jair Pinheiro.


Vulnerabilidade

 

Crianças menores de um ano, entre o total de notificações de casos suspeitos,

tem apresentado um aumento nas últimas semanas


No período analisado, entre 2 de setembro e 6 de outubro, foram notificados 405 casos suspeitos de sarampo. Além dos 22,5% entre menores de um ano, a segunda faixa etária mais atingida pela doença é a de pessoas entre 20 e 29 anos (22%), seguida da faixa etária de 15 e 19 anos (19,5%), 30 a 49 anos (16,3%), de um a cinco anos (9,6%), 10 a 14 anos (6,9%) e seis a novos anos (2,2%).


“Esses dados mostram o comportamento mais atual do surto de sarampo por faixa etária. A avaliação é que, mesmo com uma grande redução nos casos nas últimas semanas, existe um grupo maior de pessoas com idade entre 15 e 49 anos, ainda vulneráveis para a doença. O resultado dessa situação é que o vírus continua circulando entre população, afetando as crianças e adultos, mesmo que em número bem menor”, explica o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.


Em 2018, a Semsa já administrou 783.465 doses de vacina contra o sarampo. Para aumentar a cobertura vacinal, a Semsa está tomando medidas com recomendações para reforçar a busca ativa de pessoas não vacinadas ou que apresentem sintomas do sarampo, tanto nas Unidades de Saúde quanto nas visitas domiciliares feitas pelas equipes da Estratégia Saúde da Família, principalmente na faixa etária de menores de um ano e de 15 a 39 anos.


“Todo serviço de saúde deve reforçar a orientação ao usuário que procurar uma Unidade de Saúde para a avaliação do cartão de vacina, com o objetivo de iniciar ou complementar o esquema vacinal. Além disso, cerca de quatro mil crianças de dois a quatro anos, e 120 mil pessoas, entre crianças, adolescentes ou adultos de cinco a 29 anos, foram vacinados com a primeira dose da tríplice viral nos meses de julho e agosto, e devem ser resgatados para completar o esquema com a segunda dose”, informa Marcelo Magaldi.

 

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A segunda faixa etária mais atingida pela doença é a de pessoas

entre 20 e 29 anos (22%) (Fotos: Divulgação)


Redução


De acordo a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), Marinélia Ferreira, o número de casos de sarampo vem reduzindo semanalmente. No período de 29 de julho a 22 de setembro, houve uma redução de 44,4% na notificação de casos suspeitos de sarampo, em comparação com o número de notificações no período de 03 de junho a 28 de julho.


O 33º Informe Epidemiológico de Monitoramento de Casos de Sarampo, divulgado na última segunda-feira, 22, apresentou 48 novas notificações da doença. No 32º Informe, de 16 de outubro, foram 61 novas notificações, e o 31º Informe, de 08 de outubro, foram 124.


“O Informe é divulgado semanalmente para o monitoramento dos casos. A redução das notificações vem sendo observada desde o final de julho e até agora tem sido sustentável. Mas para manter a redução e chegar ao encerramento do surto, é preciso que garantir uma cobertura vacinal adequada e as pessoas que ainda não se vacinaram devem procurar uma sala de vacina”, reforça Marinélia Ferreira.

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