Presidente Michel Temer durante reunião com governadores e ministros no Palácio do Planalto em Brasília
A defesa do presidente Michel Temer rejeitou a hipótese de vazamento de informações referentes à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Que quebrou o sigilo bancário dele no chamado inquérito dos portos, garantindo que obteve acesso a dados em consulta ao site do próprio Supremo.
Na terça-feira, Barroso determinou à Polícia Federal que investigue as circunstâncias de como a defesa do presidente teve acesso a informações referentes à decisão que quebrou o sigilo bancário de Temer.
Citando o fato de que a defesa de Temer, em petição apresentada ao STF, "revela conhecimento até mesmo dos números de autuação que teriam recebido procedimentos de investigação absolutamente sigilosos".
A defesa do presidente, no entanto, afirmou em nota na noite de terça que as informações citadas são públicas.
"Em relação ao despacho proferido nesta terça-feira pelo ministro Luís Roberto Barroso, a defesa do presidente da República esclarece que os números citados nas petições, requerendo acesso a procedimentos de eventual quebra de sigilo bancário.
Foram obtidos em consulta ao Diário de Justiça Eletrônico, disponível no site do Excelso Supremo Tribunal Federal", disse a defesa.
"Por se tratar de informação pública, não se trata de hipótese de vazamento de informações.
A defesa do presidente Michel Temer apresentará amanhã o detalhamento desses esclarecimentos formais ao STF", acrescentou.
A decisão de Barroso de quebrar o sigilo bancário de Temer foi divulgada na noite de segunda-feira pelo site da revista Veja e posteriormente tratada como fato consumado pelo Planalto.
Desde então, ministros de Temer têm criticado a decisão.
Terra