25 de Abril de 2024 - Ano 10
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30/08/2016

Escola Estadual desenvolve oficinas pedagógicas com alunos deficientes intelectuais e trabalha inclusão deles no mercado de trabalho

Foto: Divulgação / Seduc

No ano letivo de 2016, a escola está atendendo a 182 alunos, sendo 82 no turno matutino e 100 pela tarde

A Escola Estadual Diofanto Vieira Monteiro, localizada na avenida Lourenço da Silva Braga, s/nº, Manaus Moderna, Centro, na zona Sul de Manaus, desenvolve oficinas pedagógicas com alunos que são deficientes intelectuais da rede pública estadual de ensino. A instituição é gerenciada pela Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc).

 

No ano letivo de 2016, a escola está atendendo a 182 alunos, sendo 82 no turno matutino e 100 pela tarde. A instituição trabalha com estudantes a partir de 14 anos e que sofrem com deficiência intelectual e múltipla.

 

De acordo com a gestão da escola, neste ano estão sendo trabalhadas as oficinas pedagógicas de pintura em tecido e em tela; corte e costura; customização (camisas, sandálias, reaproveitamento de material que seria descartado); vassouraria; pintura em cerâmica e, além disso, é desenvolvido com os alunos aulas de educação física, o letramento para trabalhar a questão da leitura, conceito de matemática, informática educacional e aula de teatro.

 

A escola desenvolve também a parte artística dos estudantes, com trabalho voltado não só pra socialização, mas para o desenvolvimento das potências e capacidades que eles possuem.

 

“Nós trabalhamos todas essas oficinas pedagógicas com os nossos alunos. A turma de corte e costura, por exemplo, está confeccionando a farda de gala que os 20 alunos usarão no dia do desfile escolar, no dia 5 de setembro.

 

Na oficina de customização, trabalhamos com o reaproveitamento de materiais que seriam descartados, como a calça jeans, que acaba sendo transformada em uma bolsa; na vassouraria chegamos a vender os produtos fora da escola e, além disso, trabalhamos a educação física com os nossos alunos. Os professores se empenham para incluí-los no desporto e eles gostam bastante e participam de competições como os Jogos Escolares do Amazonas (JEAs).

 

Nós procuramos desenvolver os alunos em todos os aspectos”, contou a gestora, Maria Regina Antunes.

 

As oficinas pedagógicas ajudam a desenvolver as habilidades dos alunos e por meio disso a escola busca trabalhar a inclusão social dos estudantes no mercado de trabalho. “Trabalhamos com alunos as oficinas pedagógicas em que são desenvolvidas as habilidades deles e por meio disso a escola visa o lado profissional.Desenvolvemos a coordenação motora fina e grossa e temos conseguido inserir alguns alunos no mercado de trabalho. Nós estivemos com 38 alunos nas empresas do Polo Industrial de Manaus e eles se sentem muito bem. O trabalho realizado aqui é de inclusão social e como a escola não tem o procedimento de escolarização, nós buscamos trabalhar essa questão do mercado de trabalho”, disse a gestora.

 

Trabalho é prazeroso

 

Maria Regina afirma que é gratificante trabalhar com a educação especial e acompanhar de perto o desenvolvimento dos alunos. “Quem chega e se identifica com a educação especial é muito difícil sair porque a identificação é muito grande e é uma recompensa para gente esse convívio e a harmonia com os alunos. É prazeroso trabalhar com a educação especial.

 

Nós temos visto e acompanhado o desenvolvimento desses alunos, vemos a satisfação deles de se sentirem pessoas úteis quando eles passam a ter o próprio salário para comprar o que querem, e muitos deles ajudaram suas famílias a reformar casa com o pouco salário que ganham. Eles sonham alto, sonham em se tornar um profissional.

 

Tivemos uma aluna que falou uma vez que ela se sentia muito confortável porque ao invés de receber os seus benefícios ela tinha um salário e que agora ela poderia dizer que era cidadã e isso foi muito significante para nós”, declarou.

 

Ainda de acordo com a gestão da escola, a capacitação dos professores é oferecida pela Seduc. Neste sentido, a escola Diofanto também trabalha junto da Escola Estadual de Atendimento Específico Mayara Redman Abdel Aziz e de parceiros como o Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Social da Indústria (Sesi), além de institutos que trabalham com o autismo.

 

Para inserir o aluno no mercado de trabalho como Jovem Aprendiz, a instituição estadual conta com o apoio da Escola Dom Bosco. Muitos docentes da escola são capacitados pelo Mayara Redman e pelo Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam).

 

Superação

 

Maria Ruraci, 57, é mãe de umas das alunas da instituição, a Niedja Carla, 30. Ela afirma disse que o Diofanto é uma família e que sua filha desenvolveu muito desde que entrou na escola e que hoje ela é um exemplo de superação.

 

“Minha filha estuda no Diofanto há 10 anos e ela gosta muito da escola. Eu venho deixar e buscar. A escola se tornou uma família para a gente e cada um de nós que convivemos aqui é uma família, é como se fosse a casa da gente. A Niedja, quando chegou na escola não abria nem as mãos, não corria e hoje ela desenvolveu bastante, ela conversa, participa de jogos, é atleta, pratica o atletismo, gosta de basquete e gosta muito dos amigos. Ela conhece todo mundo e se dá bem com todos, graças a Deus. A vida da Niedja foi de muita superação e hoje ela é um exemplo disso”, relatou.

 

As oficinas pedagógicas ajudam a desenvolver as habilidades dos alunos e

a inclusão social dos estudantes no mercado de trabalho(Foto:Seduc)

 

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