A Divisão de Homicídios e a Secretaria de PM apuram o caso
O jovem Allan dos Santos Gomes, de 15 anos, foi morto por policiais militares no último domingo, 6, por volta das 20h30, na comunidade da Chacrinha, Praça Seca, Zona Oeste do Rio.
Segundo a polícia, ele foi identificado como suspeito de participação no tráfico. A família do adolescente nega a informação de que ele era criminoso e diz que ele sofria de autismo. A Divisão de Homicídios da Capital e Secretaria de Polícia Militar investigam o caso.
Os policiais militares que atuavam na região alegam que foram recebidos a tiros de pistolas, disparados por Allan e mais dois homens identificados como: Alex Mateus Pereira Barreto da Silva e Wallace Ferreira da Silva.
Os três foram baleados pela PM e socorridos para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde acabaram morrendo.
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Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, a Polícia Militar reforça que houve o confronto como já relatado pelos policiais envolvidos e informa que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH/Capital) e que a Secretaria de Polícia Militar instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato.
Família desmente versão da PM
O jovem Allan dos Santos Gomes, de 15 anos, foi morto por policiais
militares no último domingo (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Em dois vídeos postados na internet, a família de Allan diz que o jovem não teria envolvimento com o tráfico de drogas além de ser autista.
Rayssa Santtos, irmã de Alan, conta no vídeo que o irmão foi morto por tiros de policiais que estavam dentro do veículo blindado da Polícia Militar, o Caveirão.
“Meu irmão desceu o morro, por desobediência, no meio do confronto. Na televisão não estão dizendo que teve guerra na Chacrinha, mas o caveirão subiu lá mandando tiro em todo mundo e matou meu irmão. Estão dizendo que ele era bandido. Ele não era bandido. Sem contar que meu irmão ainda era autista e tinha problemas. Era uma criança. Um bobo que chorava por tudo”, disse.
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A irmã da vítima disse que está com medo de voltar para a comunidade após o ocorrido. “Tiraram a blusa do meu irmão e colocaram uma arma na mão dele para dizer que ele era bandido”.
Com informações do G1