EXTRA ouviu especialistas que dão dicas para diversos certames, a fim de ajudar na hora da preparação
Na busca por uma carreira militar, é comum encarar uma diversidade de concursos abertos nas Forças Armadas ao mesmo tempo. Seja na Marinha, no Exército ou na Aeronáutica, há oportunidades para jovens em busca de estabilidade e desafios. Atualmente, 12 concursos militares, em andamento, reúnem mais de 4 mil vagas para quem busca uma vaga nas Forças Armadas brasileiras. Seis ainda estão com as inscrições abertas e a outra metade ainda não teve provas realizadas.
E muitos candidatos se perguntam sobre a possibilidade de prestar mais de uma seleção, para aumentar as chances de aprovação. Afinal, isso é possível?Segundo especialistas ouvidos pelo EXTRA, a resposta é: sim. Os concursos militares têm muitos pontos em comum. Alguns, por exemplo, exigem o nível médio de escolaridade e cobram disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática e História. As provas são objetivas e sem grandes pegadinhas, facilitando a compreensão do que é necessário estudar.
No entanto, há também diferenças importantes entre os concursos de cada força. Por exemplo, enquanto um concurso da Marinha pode exigir conhecimentos de Geografia, o da Aeronáutica pode cobrar Física. Como, então, conciliar essas diferenças e otimizar os estudos para aproveitar as oportunidades em todas as Forças Armadas?
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O EXTRA ouviu especialistas para montar um guia de preparação. Confira também, ao fim da reportagem, a lista de todos os concursos para as Forças Armadas em aberto e uma visão detalhada.
IME E ITA
O professor Rodrigo Vieira, diretor do Curso Dedicação, ex-militar de carreira e especialista em concursos militares há 15 anos, explica que os dois concursos mais difíceis do Brasil são os do Instituto Militar de Engenharia (IME) e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), ambos de nível médio e que cobram conteúdos semelhantes.
AFA E ESCOLA NAVAL
Ainda segundo Vieira, o concurso para ingresso na Academia da Força Aérea (AFA), onde se forma os Aviadores da FAB, tem o mesmo nível de dificuldade da Escola Naval (EN). Sendo assim, o candidato pode se preparar para ambos os concursos.As duas seleções são para quem já terminou ou está concluindo o ensino médio, avisa Fábio Ribeiro, professor e coordenador do Colégio e Curso ZeroHum.
ESPCEX E ESA
O Concurso da EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), local que repara os futuros Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras tem muito conteúdo em comum com o concurso para a Escola de Sargentos das Armas (ESA). Os dois são concursos de nível médio.Mas há um detalhe: os níveis da prova, embora conteúdos semelhantes, são diferentes. A prova para a EsPCEx é mais difícil. Então, quem se prepara para aEsPCEx, se prepara para a ESA; o contrário não é verdade.
EPCAR E COLÉGIO NAVAL
Segundo o especialista, os concursos para o Colégio Naval (CN) e para a Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica (EPCAr) são correlatos em graus de dificuldade.Porém, a prova para o Colégio Naval é mais difícil por ter mais conteúdo. Cobra Matemática, Português, Inglês, História, Geografia, Química, Física, Biologia e Redação. Para a Epcar, é cobrado Matemática, Português, Inglês e Redação.Os dois são concursos voltados para alunos do ensino fundamental, acrescenta Fábio Ribeiro.
ESFCEX, DE APOIO, QUADROS TÉCNICO E COMPLEMENTAR
Para quem já possui nível superior, há também concursos em que se aproveitam as áreas do conhecimento, pois os conteúdos programáticos são bem parecidos e as bibliografias também.São eles: a Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), para candidatos até 32 anos; o Estágio de Adaptação para Oficiais de Apoio (EAOAP), que segue o mesmo limite, os Quadros Técnico (QT), até 34 anos, e Complementar (QC), até 28 anos – finaliza Vieira.
PERFIL DAS PROVAS SEMELHANTES
Em geral, as questões dos concursos militares trazem pouca contextualização. É um cenário que pode variar, mas que se comparados a outros processos seletivos, mostra uma dinâmica mais direta para resolução da prova, aponta o professor Fábio Ribeiro.Podemos citar como exemplos de concursos considerados próximos em relação aos seus conteúdos: Colégio Naval e a EPCAr (voltados para alunos do Ensino Fundamental), ESA, EEAr e EAM (para candidatos que já concluíram o ensino médio) e AFA, EFOMM, Escola Naval e EsPCEx (para quem já terminou ou está concluindo o ensino médio).
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Sabemos que nem todas as disciplinas e conteúdos serão iguais nas provas, mas estruturar os estudos por blocos pode fazer os candidatos economizar tempo, melhorar o desempenho e aumentar as chances de classificação.Para todos os concursos militares, a dica de ouro, de acordo com Diego Ribeiro, coordenador de Carreiras Militares e professor do Gran Cursos Online, é treinar, treinar e treinar com provas anteriores.Pega aí seis ou sete concursos anteriores. E faz todas as provas. Não deixa passar nenhuma questão. Resolve tudo. Ficou com dúvida? Volta na teoria. Errou a questão? Volta na teoria. Só para quando resolver todas as questões – diz.
Fonte: Uol