28 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Manaus
23/06/2015

Mesmo denunciada na Justiça e criticada pela tropa, Ripasa tem contrato milionário renovado pelo comandante para continuar alimentando mal a PM

Foto: Divulgação

Em outubro de 2014, o tenente André Evangelista teve que ser internado após encontrar fezes de rato na comida da 1ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom)

Não adiantou policiais denunciarem, políticos acionarem a Justiça e todo o mundo espernear. Tampouco teve algum efeito notícias de escândalos envolvendo o contrato de R$ 29 milhões entre a empresa Ripasa Comércio e Representação de Alimentos Ltda. e a Polícia Militar do Amazonas para fornecimento de alimentação preparada para a tropa. 


O contrato foi prorrogado por mais 12 meses, com a aprovação do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Gilberto Gouvêa, que diz ter se baseado em parecer encomendado à empresa Assessoria Jurídica-Adminstrativa Institucional (Ajai).

 

Policiais passam mal após comer marmitex com fezes de rato na 1ª Cicom

 

Policiais da 5ª Cicom, em Manaus, comem pão com barata


No parecer consta, contudo, que para a prorrogação do Contrato nº 006/2014-PMAM a Ripasa deveria se enquadrar no artigo 1°, inciso IV, alínea “a”, do Decreto n° 35.616, de 26 de fevereiro de 2015, o qual sugere redução de 15% (quinze por cento) sobre despesas com serviço de fornecimento de alimentação preparada. Essa, inclusive, é uma recomendação do Governo do Estado para cortar gastos, mas o comandante da PM acredita ter achado uma brecha para continuar o contrato com a empresa.


A resposta da Ripasa, contudo, teria sido a de que era impossível tal redução de valores nas refeições. Então, a saída foi diminuir a quantidade de refeições fornecidas, a pretexto de evitar a interrupção no fornecimento do alimento aos militares. Assim é que hoje são fornecidas 10.500 refeições a menos de desjejum, almoço e jantar destinadas à capital.


O adiantamento que reajusta o valor do contrato da PM com a Ripasa e prorroga-o até 28 de abril de 2016 já está publicado no Portal da Transparência do Estado do Amazonas.


Tropa chia

 

A Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam) não gostou e contesta o que considera uma decisão unilateral do Comando-Geral da Polícia Militar. Segundo a representação da categoria, o coronel Gouvêa não levou em conta nem mesmo o resultado de uma enquete sobre a forma como a tropa gostaria de ser alimentada.


A pesquisa estaria publicada em página na Internet da própria instituição, onde os policiais militares manifestam claramente a opção pelo auxílio-alimentação, acabando com o fornecimento de refeição no quartel.


Outra crítica da Apeam é que refeições fornecidas pela Ripasa nos quartéis são mal acondicionadas e não obedecem a padrões de higiene, além de já terem sido flagradas situação de contaminação por insetos e fezes de ratos.

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