27 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
23/02/2019

Militares venezuelanos sequestrados por indígenas pedem que Maduro ponha fim a violência

Foto: Reprodução

Membros da Guarda Nacional foram capturados em resposta à morte de dois índios em confrontos

Quatro membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) continuam, neste sábado, sequestrados por indígenas venezuelanos em algum lugar próximo à cidade de Santa Elena, na fronteira com o Brasil.

 

A ação foi a resposta das comunidades indígenas locais ao assassinato, na última sexta-feira, de dois de seus integrantes (outras versões falam em três mortes) quanto tentavam impedir a passagem de militares e blindados mobilizados para reforçar o bloqueio na região e impedir a chegada de ajuda internacional.


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Em vídeo divulgado na rede social Twitter, uma das sequestradas, a tenente Grecia Del Valle Roque Castillo fez um apelo ao presidente Nicolás Maduro e ao ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López:


"Presidente, veja o que está acontecendo, veja que não podemos fazer nada", declarou Grecia, em lágrimas. A tenente venezuelana disse ser mãe de um menino de 11 anos e desejar "um futuro melhor" para ele. Grecia também pediu desculpas à comunidade indígena pelo ataque da última sexta-feira e enviou um recado ao ministro da Defesa:


"Padrino López, meu general, pense bem o que vai fazer, não atue com violência contra a comunidade indígena, que não está fazendo nada."


Os incidentes violentos da última sexta deixaram pelo menos 15 feridos, dos quais nove foram trasladados para o hospital de Boa Vista, segundo informou a Secretaria de Saúde de Roraima. Um dos indígenas atacado, identificado como Salomón Pérez, contou que ele e outros companheiros estavam conversando com um general da GNB para pedir a abertura da fronteira e o ingresso da ajuda humanitária quando começaram os disparos.


— As pessoas estavam em sua comunidade, tranquilas, quando os militares chegaram e começaram a disparar— disse Salomón, um dos transferidos, por falta de insumos médicos na Venezuela, para o hospital de Boa Vista.


Os vídeos da tenente sequestrada foram divulgados pela jornalista venezuelana Sebastiana Barraez, uma das mais bem informadas sobre o mundo militar de seu país.

 

 

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O choque entre indígenas e militares do lado venezuelano da fronteira elevou a tensão na região e, segundo deputados opositores que estão no local, entre eles Americo de Grazia, existe debate entre membros da GNB sobre o que fazer para resolver o conflito. Por enquanto, a repressão foi interrompida e a GNB está aguardando novas instruções superiores.

 

O Globo

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