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Política
30/09/2018

Mulheres protestam em várias cidades contra machismo e homofobia neste final de semana

Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

Com maior adesão e organização de mulheres, manifestações contrárias ao presidenciável acontecem em mais de 60 cidades brasileiras e nas principais capitais da Europa

Pelo menos 30 mil pessoas - de acordo com as organizadoras - participaram hoje (29), em Brasília, do ato convocado pelo coletivo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro". Na última atualização da Polícia Militar (PM), a mobilização tinha 7 mil pessoas.

 

O protesto foi pacífico. Além da capital federal, a manifestação ocorreu em várias cidades brasileiras e no exterior. Houve atos também em várias cidades a favor do candidato.

 

As manifestantes ocuparam três das cinco faixas da pista norte do Eixo Monumental, saindo da altura da Rodoviária do Plano Piloto em direção ao complexto cultural da Funarte, próximo à Torre de TV, zona central da capital do país.

 

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A assistente administrativa Socorro Paiva vestia uma camiseta colorida, com frases contra o machismo. Para ela, o ato é uma forma de evitar que o país mergulhe no que considera um retrocesso histórico.

 

 

"Não podemos compactuar com a intolerância. Quero que meus filhos e netos cresçam em um país sem machismo e homofobia", afirmou.

 

 

 

As amigas Luciene de Souza e Mônica Carvalho disseram estar no ato em defesa da democracia. "Estamos lutando pela nossa democracia, mas também em defesa do respeito, da paz e do amor", afirmou Luciene.

 

 


Foram realizados protestos contrários ao ex-capitão do Exército em ao menos 62 cidades do país e, a favor, em 27.

 

 


As manifestações contrárias foram lideradas pelas mulheres, de forma organizada e autônoma, e surgiram a partir das redes sociais, através da campanha #Elenão e do grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro". O grupo foi criado dia 30 de agosto, conta com mais de 3 milhões de membras e sofreu diversos ataques de hackers a favor de Bolsonaro. Na última terça-feira, uma das administradoras do grupo foi agredida no Rio.

 

 
Protesto de mulheres contra o candidato a presidência da República,

Jair Messias Bolsonaro (Foto: Maíra Coelho)

 

Artistas e intelectuais também apoiaram e ajudaram na divulgação dos protestos, que aconteceram em 62 cidades do país, dentre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, Natal, João Pessoa, Recife, Fortaleza, Aracaju, Palmas, Campo Grande, Manaus, Belém e Cuiabá.

 


No Rio de Janeiro, o ato começou por volta das 15h, na Cinelândia, de onde os manifestantes marcharam para a Praça XV, entoando palavra de ordem, cartazes e performances contra Bolsonaro. As manifestações tomaram todo o Centro do Rio, inclusive entornos, como saídas de metrô.

  

 

Por volta das 19h, um pequeno grupo de manifestantes que se reunia próximo ao Passo Imperial ateou fogo em pedaços de madeira e entulhos e dançou em volta das chamas. Ninguém se feriu. A organização do evento estimou que 50 mil pessoas participaram do ato; a Polícia Militar não deu estimativa. O ato terminou por volta das 21h sem incidentes.

 

 

São Paulo

 

Manifestação Mulheres contra Bolsonaro no Largo da Batata, região

oeste de São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

 

Na capital paulista, a concentração começou às 15h no Largo da Batata, na zona oeste. A organização do ato estimou o número de participantes em 200 mil. A Polícia Militar não fez estimativa e informou que não foram registradas ocorrências relevantes.

 


Participaram da manifestação representantes de partidos políticos, movimentos sociais e ativistas de diversas áreas. Estiveram presentes também alas das torcidas do Corinthians e Palmeiras.

 

OLHA ISSOO meu deus isso foi aqui em São Paulo, no Largo da Batata, to in shook. E o nosso queridíssimo candidato bozonaro havia dito que pelo que via nas ruas, não aceitaria menos que sua eleição ENGOLE O CHORO JAIR QUE É MELHOR JAIR SE ACOSTUMANDO #ÉPelaVidadasMulheres #EleNão pic.twitter.com/Xch2ow18T8

— helenão (@trustimez) 29 de setembro de 2018


Participaram dos protestos no Largo da Batata a candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva; Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, presidenciável e vice na chapa do PSOL; Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes; e Manuela D'Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad.

 

 

Fotos: Reprodução

 

Em Salvador, Daniela Mercury comandou um trio elétrico contra Bolsonaro.

 

#elenão #ÉPelaVidaDasMulheres #salvador pic.twitter.com/L8j5m4Jxwp

— Daniela Mercury (@danielamercury) 29 de setembro de 2018

 

Manifestação contra o candidato Jair Bolsonado


Manifestações a favor do presidenciável ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e outras cidades, com menor adesão do que as manifestações contrárias.


Pelo mundo

 


Protesto contra Bolsonaro em Nova York (Foto: Don Emmert / AFP)

 

Diversas cidades no mundo registraram protestos contra Jair Bolsonaro, em apoio aos atos convocados no Brasil. Em Nova York, Londres, Paris, Barcelona e Berlim, manifestantes ergueram cartazes com mensagens contrárias ao presidenciável. Em Portugal, houveram protestos em Coimbra, Porto e Lisboa. Na América Latina, Santiago e Cidade do México também se mobilizaram.

 


Em Genebra, uma das principais cidades da Suíça, as pessoas protestaram na frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na Europa. Elas levavam cartazes com palavras contrárias ao candidato e pediam o fim do "fascismo". Em Paris, na França, onde a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, da Frente Nacional, tem ganhado força nos últimos anos, pelo menos 250 pessoas se organizaram no centro da cidade para protestar contra o candidato brasileiro.

 

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Fotos: Reprodução


Imagens publicadas nas redes sociais com a hashtag #Elenão mostram também manifestações em Milão, na Itália.


Nesta sexta-feira, a cantora Madonna postou uma mensagem contra Bolsonaro e aumentou a visibilidade do movimento nas redes sociais.



Agência Brasil / Jornal O Dia

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