26 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Manaus
08/10/2015

Na prova de batismo como delegado-geral, Acioly monta megaoperação que deixa Sabá Kokama escapar, não encontra droga e nem osso de cemitério clandestino

Foto: Divulgação

Ainda era madrugada quando delegado-geral Acioly reuniu policiais civis para operação frustrada

Na primeira prova de fogo, o novo delegado-geral da Polícia Civil, Raimundo Acioly, foi reprovado. Isso é o que comprovam os irrisórios resultados alcançados com uma superoperação que foi montada com uma tropa que tinha no mínimo 500 agentes do sistema de Segurança Pública para cumprir 12 ou 18 mandados de busca e apreensão e prisão contra líderes de invasões de terra, traficantes e outros criminosos. 

 

O alvo principal era o famoso homem que se autodenomina cacique Sabá Kokama, cujo nome verdadeiro é Sebastião Ribeiro Marinho, que não é dirigente indígena coisa nenhuma e desconfia-se que nem mesmo pertença à etnia. Trata-se, isso sim, de um criminoso useiro e vezeiro de desdenhar das autoridades do Estado comandando invasões, para muitos policiais em nome do traficante Zé Roberto da Compensa.


De acordo com autoridades do sistema de Segurança Pública do Amazonas, essa operação levou mais de dois anos sendo planejada. A Secretaria-Adjunta de Inteligência (Seai) levantou informações de que a orla fluvial da invasão batizada de Comunidade das Luzes era porto de entrada e depósito de carregamentos de drogas para a capital. Nada ficou comprovado. 

 

Polícia Militar levou forte aparato para apoiar a operação 


Como também nada foi encontrado que corroborasse a informação da inteligência de que havia na comunidade um cemitério clandestino. Nenhum osso humano foi encontrado até o final do dia.


Como nada é tão ruim que não possa piorar, um suposto índio morador da comunidade foi baleado durante a operação. Policiais disseram que a vítima reagiu à ação, gerando confronto no local. O baleado foi socorrido e levado ao hospital João Lúcio.


Principal alvo se mandou antes


O cenário montado sobre a invasão na Zona Oeste de Manaus, onde estariam instaladas cerca de 5 mil residências, era cinematográfico, com viaturas com suas sirenes ligadas, helicópteros fazendo sobrevoos e embarcações do policiamento fluvial do Estado cercando a área que fica às margens de igarapés no Tarumã.


Parece que o serviço de inteligência de Sabá Kokama foi mais eficiente porque quando os agentes da operação chegaram aos primeiros raios de sol desta quarta-feira (7) ele já não foi mais achado. Invasores disseram que os traficantes de Zé Roberto providenciaram sua retirada da comunidade.

 

Cansativas revistas em carros e pessoas nada encontrou de importante

(Fotos: Divulgação


Nomes de presos não são divulgados


Quanto aos mandados de prisão, nada se sabe. As assessorias de imprensa da SSP, do Governo do Estado, das polícias Civil e Militar não divulgaram os nomes de quem teria sido preso. Umas autoridades falavam que oito pessoas foram presas, outros diziam ser dez. Mas, nenhum veículo da imprensa teve condições de noticiar se isso se referia aos citados em mandados, que também não são conhecidos.


Enfim, um resultado bem abaixo do que a sociedade esperava para um aparato tão vistoso.


Vários órgãos participaram da operação em apoio às forças de segurança do Estado, como Detran, Samu, Ministério Público do Estado e concessionária de energia elétrica, que cortou o fornecimento clandestino para a comunidade. Todos os moradores da área que entravam ou saíam eram revistados, assim como seus pertences.

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