18 de Maio de 2024 - Ano 10
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23/11/2018

Polícia indiana monitora tribo que matou americano e estuda como recuperar corpo

Foto: Reprodução

Reprodução

Policiais da Índia tomaram posição perto da ilha isolada em que uma tribo indígena matou um missionário americano. Segundo as autoridades, não houve esforço policial para recuperar o corpo de John Allen Chau, de 27 anos, atingido por flechadas ao tentar contato com a população local, na semana passada.


Diante da hostilidade dos indígenas, as autoridades indianas contam com antropólogos e especialistas em tribos para tentar acessar o cadáver do americano.


Chau desembarcou ilegalmente na ilha indiana de Sentinela do Norte, no arquipélago de Andamão e Nicobar, em aparente tentativa de converter a tribo ao cristianismo. A polícia indiana usou um helicóptero e um navio para se aproximar do território, mas não localizou o corpo de nem identificou o local da morte.


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"Para esclarecer o cenário, outro time policial está sendo enviado à Sentinela do Norte", destacou à agência France Presse o chefe de polícia de Andamão, Dependra Pathak.


Pescadores disseram que a tribo enterrou o corpo do americano na praia no dia seguinte ao ataque, de acordo com outro missionário, que enviou os relatos para a mãe da vítima por e-mail. A mensagem eletrônica foi divulgada pelo jornal "Washington Post".


Recuperar o corpo pode levar dias. Ainda há dúvidas se é possível fazê-lo. As autoridades indianas insistem que não podem perturbar a tribo e que seu habitat é área altamente sensível.

 


Os moradores de Sentinel são agressivos com visitantes (Foto: Reprodução)


Sete pessoas, incluindo seis pescadores, foram presas por levar Chau à ilha isolada. O governo indiano proíbe a visitação à ilha, numa tentativa de proteger o grupo — os nativos não têm imunidade para doenças como gripe e sarampo — e preservar seu estilo de vida. Forasteiros não podem ultrapassar o limite de cinco quilômetros de distância do local. Três dos acusados ficaram sob custódia por uma semana, segundo Pathak. A polícia acredita que os pescadores possam dar pistas sobre o local exato em que o americano foi morto.


"Eles serão interrogados em vários aspectos do caso, incluindo a sequência dos fatos, a rota pelo mar seguida até a ilha, o local de descida da vítima, o lugar do incidente e o local em que Chau foi visto pela última vez", acrescentou o chefe da polícia.


Enquanto o assassinato é investigado, especialistas descartaram qualquer possibilidade de ação contra a tribo pela morte. As autoridades indianas explicaram que Chau subornou os pescadores para levá-lo o mais próximo possível da ilha. Por fim, ele completou o trajeto de caiaque.


"Também será esclarecido se a vítima teve ajuda desses pescadores ou de outros para se aventurar na ilha em uma ocasião anterior", disse Pathak.
O diário de Chau também será analisado por investigadores. Nos escritos, o americano revelava o medo de ser morto.


"Meu nome é John. Eu amo vocês, e Jesus ama vocês. Aqui estão alguns peixes", destacou Chau aos nativos quando chegou à ilha, segundo as anotações no diário.

 

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Há relatos de que a tribo tenha matado dois pescadores cujo barco chegou à ilha em 2006. Eles também dispararam flechas contra um helicóptero que checava possíveis danos depois do tsunami no oceano Índico em 2004.


Segundo a BBC, em um comunicado publicado no perfil do Instagram de Chau, a família diz que "ele amava Deus, a vida, ajudar quem precisa e não tinha nada além de amor pelos Sentineleses. Nós perdoamos os supostos responsáveis por sua morte".


A postagem também pede que as sete pessoas presas por ajudarem o missionário a chegar na ilha sejam soltas. Segundo a família, Chau "se aventurou por conta própria e seus contatos locais não precisam ser perseguidos por suas ações".

 

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