A proposta inicial incluia também uma reformulação na área lateral dos carros, abaixo da entrada de ar e recheada de aletas
Com o interesse de melhorar as disputas nas pistas e criar mais chances de ultrapassagens.
A Fórmula 1 aprovou, nesta segunda-feira, um pacote de medidas aerodinâmicas que passa a vigorar já na próxima temporada.São elas:
Uma asa dianteira mais simples, mais larga e que gere menos fluxo de ar lateral.
Dutos dos freio dianteiros mais simples e sem aletas.
Asa traseira maior e mais profunda.
Apesar de uma mudança radical no regulamento ser esperada para 2021, um GP da Austrália com apenas cinco ultrapassagens fez com que os chefes da categoria corressem para apresentar um primeiro pacote de alterações aos times.
Durante o fim de semana no Barein, já para o ano que vem.
Atualmente, o ar sujo gerado pelos carros dificulta que um rival consiga seguir outro de perto para planejar o ataque.
A proposta inicial incluia também uma reformulação na área lateral dos carros, abaixo da entrada de ar e recheada de aletas, conhecida como bargeboard. Mas essa foi rejeitada.
Vettel manteve a liderança depois da relargada no Azerbaijão
(Foto: Getty Images)
A votação foi feita de maneira eletrônica no dia 30 de abril, o último dia para que as medidas pudessem ser aprovadas sem a unanimidade dos dez times.
Segundo a revista "Autosport", acredita-se que seis escuderias tenham votado a favor das alterações: Ferrari, RBR, Renault, McLaren, STR e Haas.
Williams, a única equipe que publicamente se mostrou a favor, recebeu o apoio de Mercedes, Force India e Sauber.
As alterações ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho Mundial de Esportes a Motor da FIA, o que geralmente é apenas uma formalidade.
A Ferrari ainda teria a chance de usar o seu poder de veto sobre regulamento técnico par barrar as mudanças, mas teria de usar um argumento fundamentado para tal (exemplo: muito caro, muito complicado...), em vez de apenas não concordar com o que foi proposto.
RBR acidente no GP do Azerbaijão de 2018 (Foto: Reprodução)
O diretor técnico da categoria, Ross Branw, foi contratado pelos novos donos da F1 com a missão de melhorar o show.
E para ressaltar a importância da aprovação das medidas, o britânico citou o acidente envolvendo a dupla da RBR no Azerbaijão.
- Um dos episódios chave do GP do Azerbaijão foi a colisão entre Ricciardo e Verstappen. Não quero falar da responsabilidade da batida, mas gostaria de ressaltar uma questão técnica.
Uma vez que Daniel escolheu seu traçado, e Max o bloqueou, o australiano virou passageiro.
A perda de pressão aerodinâmica (downforce) de Ricciardo, ao se posicionar atrás do companheiro, fez com que seu carro ficasse imparável.
Sempre pensamos em pressão aerodinâmica na curva, mas sua importância para a aderência durante frenagem é gigante.
O exemplo foi extremo, mas precisamos achar um jeito de fazer os carros mais estáveis nestas condições.
A decisão de ontem foi um passo importante - afirma Brawn.
Globo esporte