Temas culturais e ideológicos monopolizam debate na internet e podem prejudicar discussões sobre reforma
Com 9,3 milhões de seguidores no Facebook e 3,6 milhões no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro não tem priorizado os projetos mais urgentes do governo quando utiliza suas redes sociais para se comunicar, em especial quando se trata da reforma da Previdência.
Postagens sobre temas culturais e ideológicos têm monopolizado o debate na internet e podem prejudicar as discussões políticas sobre a reforma — o que já tem causado preocupação em parlamentares da base.
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Das últimas cem postagens do presidente — até sexta-feira —, apenas dez versavam sobre a reforma. O engajamento dos seguidores varia conforme os temas.
Na última semana, as três postagens polêmicas sobre o carnaval feitas por Bolsonaro somaram 380 mil interações (a soma entre curtidas e compartilhamentos) no Twitter, enquanto as dez publicações sobre a reforma tiveram, juntas, 350 mil reações até a noite de sexta-feira.
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Tal desfecho tem desagradado a base, a ponto de o próprio Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, orientar os deputados federais do partido a opinar menos sobre questões culturais e depositar mais energia na articulação para a aprovação da reforma — sobretudo quando estiverem na tribuna.
O Globo