01 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
27/01/2019

Rússia acusa EUA de orquestrar 'golpe de estado' na Venezuela durante reunião do Conselho de Segurança

Foto: Reprodução

Governo russo se opõe aos EUA e reitera apoio a Nicolás Maduro contra Juan Guaidó.

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, acusou os Estados Unidos de tentarem "orquestrar um golpe de estado" na Venezuela contra o regime de Nicolás Maduro. O russo questionou se o governo de Donald Trump "vai usar força militar" para interferir na crise no país sul-americano.


Representantes do Conselho de Segurança da ONU estão em reunião neste sábado (26), em Nova York, para tentar encontrar alguma solução para a crise da Presidência na Venezuela. O encontro foi convocado pelo governo dos EUA, o primeiro a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano.


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Segundo Nebenzia, a interferência internacional está "empurrando a sociedade venezuelana a um banho de sangue". O representante russo defende que Maduro "tem amplo apoio" na Venezuela.


"Os EUA pintam um cenário de confronto entre o regime de Maduro e o povo da Venezuelano. E esse cenário está longe da realidade", acusou Nebenzia.

 


Juan Guaidó cumprimenta manifestantes contra Nicolás Maduro após prestar
juramento

e se declarar presidente interino da Venezuela (Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

 

Na quarta-feira, Juan Guaidó – que preside o parlamento local – se declarou presidente interino da Venezuela em um dia em que centenas de milhares de venezuelanos tomaram as ruas do país contra Maduro. A declaração do oposicionista foi referendada pelos EUA e pela maior parte dos países da América Latina, inclusive o Brasil.


Maduro x Guaidó: o que favorece cada lado


Nebenzia já havia adiantado, na sexta-feira, que o Kremlin se oporia à iniciativa dos EUA em fazer outros países reconhecer Juan Guaidó como presidente interino na Venezuela. A Rússia, assim como China, Bolívia, Cuba e Turquia, mantiveram apoio a Nicolás Maduro.


'Escolham um lado', pedem EUA

 


Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, fala à imprensa após

reunião na ONU sobre Venezuela (Foto: Carlo Allegri / Reuters) 


O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu na reunião que os países "escolham um lado" na Venezuela, incentivando-os a apoiar o líder da oposição Juan Guaidó e exigindo eleições "livres e justas assim que possível".


"Agora é a hora de todas as nações escolherem um lado. Sem mais demoras, sem mais jogos. Ou vocês apoiam as forças da liberdade ou estão na mesma liga de Maduro e sua desordem", disse Pompeo ao conselho.


Governo Maduro rejeita novas eleições

 


Jorge Arreaza, chanceler do governo de Nicolás Maduro, durante reunião sobre

a Venezuela no Conselho de Segurança da ONU (Foto: Carlo Allegri / Reuters)


O chanceler venezuelano, Jorge Arraeza, também compareceu à reunião em Nova York e repudiou a hipótese de convocar novas eleições ou entregar o governo a Guaidó.


"De onde vocês tiram que têm algum poder para dar prazos ou ultimatos a um povo soberano? De onde tiram que tão ação intervencionista e, diria eu, até infantil?", questionou o venezuelano.

 

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A convocação de um novo pleito era uma condição imposta por França, Alemanha, Reino Unido e Espanha para que os países europeus não reconhecessem Guaidó como presidente.

 


Nicolás Maduro e Juan Guaidó disputam a legitimidade do

poder na Venezuela (Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters)


Além das declarações do chanceler em Nova York, Diosdado Cabello, presidente do PSUV, o partido chavista, disse que os líderes desses países deveriam "pensar duas vezes" antes de falar sobre a Venezuela.


Os líderes europeus deram um prazo de oito dias para que a Venezuela organizasse novas eleições. Caso isso não ocorresse, os países passariam a reconhecer Juan Guaidó como presidente, somando-se aos EUA e se distanciando da Rússia.


Arreaza também disse que "sempre procurou" a via do diálogo com o governo dos EUA. "É nossa intenção estabelecer comunicação e diálogo com o governo do presidente Trump, e essa proposta ainda está à mesa", disse.

 

G1

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