16 de Junho de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Esportes
06/11/2018

Sexo, traição e vingança: por que o jogador Daniel foi assassinado

Foto: Reprodução

Entenda a sequência de acontecimentos que teria levado o meia do São Paulo a ser brutalmente morto por um marido enfurecido no Paraná

O meia Daniel Corrêa de Freitas, de 24 anos, foi brutalmente assassinado no dia 27 de outubro e teve o corpo jogado em um matagal na área rural do município de São José dos Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba.

 

O crime tem gerado perplexidade pelos requintes de crueldade.


A vítima foi espancada, colocada no porta-malas de um veículo e levada para um terreno baldio, onde foi torturada, teve o órgão genital cortado e o pescoço praticamente decepado.


Veja também

Pai de santo é executado durante reunião em terreiro, em Nova Iguaçu


Repercussão no mundo da bola


A notícia da morte de Daniel, atleta do São Paulo que estava emprestado ao São Bento de Sorocaba para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, abalou os bastidores do futebol brasileiro.

 

Clubes e jogadores postaram mensagens de condolências nas redes sociais.


Motivação do crime


A teoria de que o assassinato teria motivação passional foi tratada pela polícia como a mais provável desde o início devido às características da execução.


O motivo para tanta violência seria, segundo a investigação policial, a fúria de um marido cuja esposa teria sido obrigada a manter relações sexuais com o atleta do São Paulo, que atuava por empréstimo no São Bento, clube que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol.


Daniel saiu de Sorocaba, sede do clube pelo qual é vinculado, no dia 26 de outubro, uma sexta-feira, para participar de uma festa de aniversário em Curitiba. Ele havia atuado pelo Coritiba anteriormente e tinha amigos na capital paranaense.

 


Edison, Allana e Cristiana Brittes posam para foto


Aniversário com a família Brittes


Ao chegar na cidade, o jogador seguiu com amigos para a casa noturna Shed Bar, situada em um bairro boêmio de Curitiba. No grupo de aproximadamente dez pessoas estavam a aniversariante, Allana Brittes, de 18 anos, os pais dela, Edison e Cristiana Brittes, além de amigos da jovem.

 

Todos ficaram na boate até por volta das 5h da madrugada de sábado.


After


No entanto, a comemoração não terminou na balada em Curitiba. Allana, os pais e convidados decidiram fazer um after na casa da família, no bairro Cristal, em São José dos Pinhais. Então, as cerca de dez pessoas seguiram para o local.


Allana, Cristiana e Edison foram no carro da família. Os amigos se dividiram em dois veículos de aplicativos de transporte, conforme confirmou uma testemunha ouvida pelo programa Balanço Geral, da RecordTV — uma jovem que diz ter ficado com Daniel na boate. A partir daí, os acontecimentos ainda são nebulosos.


Flagrante na cama


O que se sabe até agora é que Daniel foi espancado por Edison — com a ajuda de três rapazes — depois de ser encontrado na cama do casal ao lado de Cristiana. Mas não é possível afirmar ainda se o jogador teria feito sexo com a mulher, consensualmente ou não.


Já na manhã do dia 27, pouco antes de ser flagrado, Daniel havia enviado fotos dele ao lado de Cristiana a amigos. Nas mensagens, o atleta deu a entender que manteve relações. Mas as imagens mostram apenas ele ao lado da mulher desacordada.

 


Edison alega que agiu para defender a esposa Cristiana (Fotos: Reprodução)


Em confissão gravada pela defesa, Edison — que possui passagens pela polícia — diz que ouviu a mulher gritar por socorro. Ao entrar no quarto, de acordo com a versão do suspeito, Daniel estava de cueca, descalço e sobre Cristiana. Ao ver a cena, Edison teria se descontrolado e espancado Daniel.


Saída da residência dos Brittes, tortura e desova do corpo


Depois de bater no jogador até quase matá-lo, Edison e três outros homens — suspeita-se que sejam David William Vellero Silva, de 18 anos, (namorado de Allana), Igor King, de 20, e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19 anos — colocaram a vítima em um carro e a levaram para um terreno afastado na área rural da cidade.

 

Lá, Daniel foi torturado, esfaqueado, teve o pescoço praticamente decepado e a genitália cortada pelos criminosos. Ele foi abandonado sem roupa no local. O corpo foi descoberto horas depois, mas a identificação só ocorreu no final da noite do sábado.


Mensagens de Allana


Preocupados com o sumiço de Daniel, os familiares passaram a perguntar a amigos do jogador sobre o paradeiro dele e descobriram a festa que estava sendo realizada na casa da família Brittes e entraram em contato com Allana.

 


Allana postou mensagem de luto (Foto: Reprodução / Instagram)


A mãe do jogador solicita números e endereços de hotéis na região de Curitiba para onde o rapaz poderia ter ido depois de sair da festa.


Allana demonstra intenção de ajudar a família de Daniel e se mostra surpresa ao saber da morte do jogador, mesmo conhecendo o fim trágico do atleta. Ela postou em suas redes sociais uma foto com Daniel e a palavra luto.


Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da RecordTV, o advogado Cláudio Dalledone, que representa a família Brittes, classificou a atitude da jovem como um "gesto de defesa" e uma "tentativa infantil" de ocultar o crime.


Telefonema para a família de Daniel


Outra demonstração de frieza e dissimulação por parte dos envolvidos no assassinato foi o telefonema dado por Edison Brittes à mãe de Daniel dois dias depois do crime.

 

Na ligação, o suspeito manifesta luto e oferece apoio emocional aos familiares da vítima.


Depoimento de Cristiana Brittes


Na última segunda, 5, a polícia ouviu os depoimentos de testemunhas e das duas mulheres presas temporariamente por suspeita de participação na morte de Daniel.


Cristiana Brittes, personagem-chave da história, enfatizou que foi abusada sexualmente pelo jogador, em fala que corrobora a versão do marido de que teria agido para defendê-la de um estuprador.

 


Daniel postou foto ao lado de Cristiana (Foto: Daniel / Celular)

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.

 

Crime medieval


O advogado Nilton Ribeiro, que representa a família de Daniel demonstrou perplexidade com a crueldade dos assassinos e questionou a credibilidade das versões apresentadas por aqueles que estão sendo apontados pela polícia como suspeitos.


"Mutilação [da vítima] de forma medieval, entram em contato com a mãe do rapaz. Qual a credibilidade? É nula", frisou o advogado,que revelou ter solicitado à polícia que faça a reconstituição do crime.

 

R7

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.