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Arte e Fama
03/05/2017

Sócio da 'Playboy' nega assédio: 'Lutamos pelo empoderamento das mulheres'

Foto: Reprodução / Instagram

Em entrevista a Marie Claire, André Sanseverino afirmou que pedia às modelos que mandassem fotos nuas para avaliar o potencial de posar para a revista. Sobre as perguntas íntimas, o sócio da Playboy afirmou que essa seria uma técnica para evitar a contrat

No último domingo, o Fantástico exibiu uma reportagem com graves acusações de assédio contra o fotógrafo André Sanseverino, um dos sócios da PBB Enternainment, empresa que tem os direitos da revista Playboy no Brasil. Na denúncia, modelos acusam o empresário de assédio sexual.

 

Segundo as entrevistas, Sanseverino prometia fama e sucesso em trabalhos como modelo e atriz, mas, em troca, queria sexo e fotografias das candidatas nuas.

 

As mulheres foram contratadas em 2016 para trabalhar como recepcionistas em um evento. Durante a festa, segundo elas, Sanseverino e Marco Aurélio de Abreu, outro sócio da revista, constrangeram e assediaram as garotas.


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Outro lado


“Realmente, sempre peço fotos”, diz Sanseverino em entrevista a Marie Claire. “Preciso ver como a menina é”, justifica ele. “Meu projeto [na nova versão da revista] é também investir em vídeos para o portal. Mas, para isso, a menina precisa ser bonita de verdade.”

 

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Júlia Sampaio, uma das modelos que acusou o fotógrafo de assédio pelas redes sociais, diz que o conheceu no Instagram. Ele teria lhe enviado uma mensagem pedindo seu número de telefone. Depois, em contato no WhatsApp, Sanseverino pediu que ela lhe enviasse uma foto nua. “Recusei e disse que as de biquíni e lingerie já eram suficientes”, conta Julia. Após a recusa, o fotógrafo teria perdido o interesse. “Ele me escreveu dizendo: 'estou atrás de uma garota que queira ser musa. Mas acho que você não tem o perfil´", lembra Julia.

 


André Sanseverino e Marco Aurélio de Abreu (Foto: Divulgação)

 

O executivo se justifica dizendo que "o envio de fotos amadoras pelo aplicativo é uma forma de evitar que a modelo recorra a tratamentos de imagem nesta fase de seleção". “A maioria diz que vai fazer um ensaio fotográfico para me mandar”, descreve o fotógrafo. “Além disso, não iria deixar meninas de todo o Brasil viajarem a São Paulo correndo o risco de não serem aprovadas. Seria constrangedor.”

 

Procurado por Marie Claire, um jornalista que trabalhou na Playboy no período em que ela era editada pelo grupo Abril (até dezembro de 2015), e preferiu não se identificar, afirmou que na época, o processo de escolha das modelos tinha um rígido processo ético. A pré-seleção era feita por uma funcionária mulher e dois agentes de modelos. Somente após esse trâmite, o diretor de arte recebia as fotografias e tomava a decisão final sobre quem faria o ensaio.


Perguntas íntimas


A reportagem do Fantástico mostra imagens captadas dos celulares das modelos com perguntas íntimas de Sanseverino. Numa delas, ele pergunta se a modelo faria sexo com a irmã.

 

O executivo argumentou que fazia perguntas como essas como uma "técnica para evitar a contratação de prostitutas": “Lutamos pelo empoderamento da mulher. A nova revista começou com Luana Piovani, teve a modelo Marina Dias, que considero a Kate Moss brasileira, depois Pathy Dejesus. A Fluvia Lacerda foi a primeira plus size do mundo a posar na Playboy. Não dá para fazer uma festa de lançamento e correr o risco de ter garotas de programa recepcionando essas pessoas”, justificou Sanseverino.

 

Procurado para comentar as acusações, o outro sócio da Playboy, Marcos Aurélio de Abreu Rodrigues e Silva, não foi encontrado para comentar as acusações.


Indenização


Responsável pela denúncia, o advogado Marcello Lombardi, que representa as modelos, afirmou que entrou com um pedido de indenização por danos morais na Justiça. Ele quer que os acusados paguem R$ 900 mil reais por danos morais _R$ 100 mil para cada modelo_, e R$ 3 milhões como pensão vitalícia.

 

Playboy


Procurada por Marie Claire, a assessoria de imprensa da revista enviou um comunicado dizendo repudiar "qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito para com seus colaboradores ou modelos que trabalhem para a mesma". Ela informou ainda que André Sanseverino até o esclarecimento dos fatos.

 

Leia o comunicado na íntegra


"A PBB Editora S.A – detentora da marca PLAYBOY no Brasil desde 2016 – esclarece que repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito para com seus colaboradores ou modelos que trabalhem para a mesma. A empresa zela cotidianamente para que essas relações se deem em um ambiente de profissionalismo e respeito à conduta ética que rege a publicação nos seus mais de 40 anos de Brasil.


Este compromisso foi reforçado com a decisão de afastamento do sócio minoritário André Sanseverino até que os fatos que constam na denúncia sejam apurados e esclarecidos. Nesse contexto, é importante ressaltar que não havia nenhuma participação do empresário na contratação de modelos para participação em eventos, tão pouco no casting para os ensaios fotográficos.


A seleção é feita por uma equipe própria que segue o Código de Ética e Conduta da PLAYBOY aqui e em todo o mundo. Ao longo de sua história, a PLAYBOY sempre lutou em defesa das mulheres e em busca da liberdade e empoderamento feminino e assim seguirá com acreditando que esse caso será esclarecido o mais rápido possível."

 

Revista Marie Claire

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