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07/02/2020

'O que fica é a mágoa de não ter um abraço', diz pai de Bernardo Pisetta, vítima de incêndio no Flamengo

Foto: Arquivo pessoal

Bernardo Pisetta

 Em meio a discussão sobre valores de indenização para as família das vítimas do incêndio no CT do Flamengo, que completa um ano neste sábado, o pai de Bernardo Pisetta, Darnlei Pisetta, reforça que o período passou sem que os dirigentes do clube tratassem o caso com sensibilidade, respeito e carinho. Mais do que chegar a um acordo financeiro, o representante do goleiro acredita que o clube, através do presidente Rodolfo Landim, deveria ter estado mais perto.

 

- A mágoa com a diretoria é por não receber um abraço amigo, uma palavra sequer - diz.

 

Segundo Danrlei, a presença de advogados mediando a relação entre clube e famílias partiu do próprio Flamengo. Na primeira reunião de conciliação, no Ministério Público, há um ano, as famílias receberam a informação de que só entraria na sala quem estivesse com um representante legal.

 

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- Eles começaram com coisa de advogado. Cheguei para a reunião de conciliação e só podia entrar com advogado. Eles criaram a situação. As famílias queriam acertar amigavelmente - relembra o pai do jovem goleiro, que está prestes a ir à Justiça, mas ainda crê em acordo.

 

- Eu ainda quero. Não quero judicializar. Mas se for necessário vamos fazer isso.

 

Foto: Reprodução


Natural do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, a família Pisetta recebe hoje pensão mensal de R$ 10 mil, determinada pela Justiça enquanto não chega a um consenso com o Flamengo. O clube também paga tratamento psicológico, e Darnlei diz que também precisa de fisioterapia em função da depressão após a perda do filho.

 

Mesmo assim, veio ao Rio pela última vez na partida entre Flamengo e Grêmio, pela Libertadores, no Maracanã, em uma das tentativas de acordo. O pai de Bernardo conta que foi bem tratado no clube, esteve no Ninho do Urubu e na Gávea, mas conversou apenas com pessoas do setor de Recursos Humanos. O único dirigente com quem falou foi na ocasião do incêndio, quando esteve com Vitor Zanelli, que responde pela base.

 

- Gostaria de transmitir ao presidente Landim que o dia que ele vier na minha casa ele será recebido por mim pela porta da frente. A gente gostaria de ser tratado assim, ser recebido por ele, mas infelizmente isso não aconteceu - desabafa Danrlei.

 

- Quem sabe um dia eles coloquem a mão na consciência e possam ver que poderiam ter resolvido a situação com as famílias mais rápido. Todos querem um abraço, um respeito. Isso é o que mais falta - emenda.

 

Ao lado da esposa e dos outros filhos, o pai de Bernardo Pisetta trata o ano que passou como um ensinamento. E se agarra na fé e nas pessoas próximas para seguir.

 

- Com certeza a vida não será mais a mesma. Sempre irá faltar alguém. Mas a vida continua. Não podemos também abandonar a vida. Temos mais pessoas que amamos, mais filhos, esposa, pai e mãe. Tem que dar continuidade. Mas não é fácil - reconhece.

 

Além de tirar forças para ir em frente, Danrlei cobra não só do Flamengo, mas de entidades como a CBF e a Ferj, que passado um ano não puniram o clube.

 

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- Trataram isso como um caso normal, não houve nenhuma punição. Fizeram uma notinha de pesar. Isso é vergonhoso.

 

Extra

 

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