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28/02/2020

A história macabra do bicho-papão da vida real. CONFIRA

Foto: Reprodução

A história macabra do bicho-papão da vida real

O bicho-papão foi e ainda é responsável por muitos pesadelos na infância. Quem nunca teve medo dele quando era criança? Aquele pavor de apagar as luzes e dormir sozinho no quarto, com medo de sair o bicho-papão do armário ou dele estar debaixo da cama?

 

Certamente temos muitas histórias a contar sobre esse símbolo infantil do medo. Mas você sabia que o bicho-papão realmente existiu?

 

Embora o bicho-papão real não tivesse a aparência monstruosa, com olhos enormes, tentáculos, boca gigante, e igualmente não se escondesse no guarda-roupa ou embaixo da cama, mesmo assim, ele foi capaz de fazer coisas absurdas. O bicho-papão real era humano, se é que podemos chamá-lo assim.

 

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Seu nome verdadeiro era Hamilton Fish. Ele foi um serial killer norte-americano, também chamado de Homem Cinzento, Lobisomem de Wysteria, Vampiro do Brooklyn e Maníaco da Lua. Mas quem foi de fato esse homem?

 

Infância infeliz

 

 

Hamilton Fish nasceu em Washington DC, capital dos EUA, em 1870. Logo depois, ele mudou seu nome para Albert, o mesmo de seu irmão mais velho, que havia falecido tempos atrás.

 

Igualmente Fish se tornou órfão bem cedo. O pai dele tinha 75 anos quando ele nasceu. E olha que naquela época ainda não tinha Viagra! Então, já era de se esperar que ele não pudesse suportar tanto tempo, a ponto de ver o filho crescer. Assim sendo, para sua felicidade, não alcançou as primeiras atrocidades cometidas pelo seu filho.

 

Por causa disso, Fish passou boa parte de sua infância em orfanatos, voltando somente a morar com a mãe quando ela conseguiu um emprego estável. Na instituição, ele foi bastante torturado, mas aprendeu a suportar e a até gostar das dores.

 

O primeiros sinais de desequilíbrio

 

Depois que voltou a morar com a mãe, entretanto, Albert Fish não teve o que podemos chamar de “infância normal”. Aos 12 anos, ele foi apresentado por um rapaz à coprofagia – o ato de comer fezes. Ele também passou a frequentar banheiros públicos para ficar vendo outros meninos trocarem de roupa.

 

Na juventude, Fish começou a se envolver com prostituição e violentar meninos, cuja preferência era por menores de 6 anos de idade. Perto de completar 30 anos, ele aceitou um casamento arranjado por sua mãe e teve seis filhos com sua mulher. Isso, porém, não afetou o seu sadismo, que estava cada vez pior.

 

 

Foi então que deixou a prostituição e se tornou pintor de casas. Ao visitar um museu de cera, acabou obcecado pela mutilação sexual. Nessa época ele chegou a ser preso por furto, mas ficou pouco tempo na cadeia.

 

Relacionamentos extraconjugais

 

Fish conheceu um jovem de 19 anos, Thomas Kedden, com quem teve um relacionamento extraconjugal à base do sadomasoquismo. Há sugestões de que Kedden tinha problemas mentais.

 

O limite da insanidade de Fish chegou quando ele tentou matar o amante. Assim sendo, ele o levou a uma fazenda isolada, torturou-o aos extremos, mutilou-lhe o órgão sexual, contudo, acabou desistindo de ir às últimas consequências, deixando-o ali no local com 10 dólares.

 

Insanidade mental em evidência

 

 

Em 1917, cansada de tantas loucuras, a esposa de Fish o abandonou, e ele começou a apresentar alguns sintomas de Esquizofrenia. Fish tinha alucinações auditivas frequentemente. Em uma delas, por exemplo, ele se enrolou num tapete ordenado, segundo ele, pelo apóstolo de Jesus Cristo, São João.

 

 

Além disso, ele começou a ordenar que seus próprios filhos o surrassem, com o uso de uma raquete cheia de pregos. Uma das piores atitudes masoquistas foi quando Fish molhou um novelo de lã com fluido de isqueiro, introduziu o objeto em seu ânus e ateou fogo.

 

Surpreendentemente, no pronto socorro em que foi atendido, também foram descobertas 29 agulhas cravadas em sua pélvis.

 

 

Nessa época, foi justamente quando ele começou a demonstrar tendências canibais. Isso porque frequentemente ele comia carnes cruas. Nascia o bicho-papão humano – psicopata, serial killer, pedófilo e canibal.

 

O bicho-papão da vida real

 

Albert Fish passou a sequestrar crianças, sobretudo as negras e/ou com deficiência mental. Ele torturava, estuprava, assassinava, e por fim, devorava os restos mortais de cada vítima. No auge da insanidade, Fish dizia que Deus o ordenava a fazer todas essas atrocidades.

 

Uma de suas vítimas se chamava Grace Budd, de apenas 10 anos. Fish a conheceu quando tentou contratar o irmão dela, Edward, de 18 anos, que procurava emprego em um anúncio de jornal.

 

Disposto a transformar o rapaz em sua próxima vítima, o temível bicho-papão mudou de ideia ao notar que Edward era muito maior do que ele esperava.

 

 

No entanto, Fish conheceu a irmãzinha do rapaz e, dias depois de contatá-lo pela primeira vez, ele voltou à sua casa e convenceu os pais deles a deixarem a pequena Grace acompanhá-lo em uma suposta festa de aniversário de sua sobrinha. A menina nunca mais foi vista.

 

Busca e prisão de Albert Fish: O bicho-papão

 

A Polícia só conseguiu capturá-lo cerca de 7 anos depois, quando o próprio Fish enviou uma carta anônima aos pais de Grace, detalhando todo o processo de tortura, assassinato e canibalismo.

 

Veja a carta:

 

 

O Conteúdo da carta

 

Querida Sra. Budd,

 

Em 1884 um amigo meu embarcou como trabalhador no navio Steamer Tacoma, o capitão John Davis. Eles velejaram de San Francisco para Hong Kong, na China. Quando chegaram lá, ele e dois outros homens foram para terra e ficaram bêbados. Quando voltaram, o navio tinha ido embora.

 

Aqueles eram tempos de fome na China. Carne de qualquer tipo custava de 1 a 3 dólares a libra. Tão grande era o sofrimento entre os pobres que todas as crianças com menos de 12 anos foram vendidas como comida, para manter vivos os outros famintos.

 

Um menino ou menina com menos de 14 anos definitivamente não estava seguro nas ruas. Você poderia ir a qualquer loja e pedir um bife, cortes de carne ou picadinho do corpo nu de um menino ou menina, que seria trazido exatamente a parte desejada por você, que seria cortada dele.

 

A parte de trás de meninos ou meninas é a mais doce parte do corpo e era vendida como costela de vitela, no preço mais alto.

 

John ficou lá tanto tempo que adquiriu gosto por carne humana. Quando voltou para Nova York, ele sequestrou dois meninos de 7 e 11 anos. Levou-os para sua casa, tirou a roupa dos dois e os amarrou nus no armário. Então queimou tudo deles. Inúmeras vezes, todo dia e noite, ele os espancou e os torturou para fazer com que sua carne ficasse boa e suculenta.

 

Primeiro ele matou o menino de 11 anos, porque ele tinha a bunda mais gorda e, é claro, mais carne nela. Cada parte do corpo foi cozida e comida, exceto a cabeça, os ossos e as tripas. Ele foi assado no forno (todo o seu lombo), fervido, grelhado, frito e refogado.

 

O menino pequeno era o próximo, e tudo aconteceu da mesma maneira. Nessa época, eu estava morando no 409 na 100 Street, bem próximo a esse amigo. Ele me falou com tanta frequência como a carne humana era gostosa, que eu decidi prová-la.

 

No domingo 3 de junho de 1928 telefonei para vocês no 406 w 15 st. Levei-lhes um pote de queijo e morangos. Nós almoçamos. Grace sentou no meu colo e me beijou. Eu me convenci a comê-la (naquele momento), com a desculpa de levá-la a uma festa. Você disse sim, ela poderia ir a festa comigo.

 

Eu a levei a uma casa vazia em Westchester que já tinha escolhido. Quando chegamos lá, disse a ela para ficar no quintal. Grace colheu flores selvagens. Eu subi as escadas e tirei toda a minha roupa. Sabia que, se não o fizesse, ficaria com o sangue dela nas roupas. Quando eu estava pronto, fui até a janela e a chamei. Então me escondi no armário até a menina entrar no quarto.

 

Quando ela me viu completamente nu, começou a chorar e tentou correr escadas abaixo. Eu a agarrei e ela disse que ia contar para a mãe dela. Tirei a roupa de Grace, deixando-a nua. Como ela me chutou, mordeu e arranhou!

 

Eu a asfixiei até a morte. Então a cortei em pequenos pedaços para poder levar a carne para meus aposentos. Cozinhei e comi aquilo. Como era doce e saboroso seu pequeno lombo assado no forno. Levei nove dias para comer seu corpo inteiro.

 

Eu não estuprei a menina, embora pudesse tê-lo feito, se tivesse desejado. Grace morreu virgem.

 

Na cadeia, ele assumiu a autoria de diversos assassinatos, mas foi julgado apenas pelo assassinato de Grace Budd.

 

 

Execução em cadeira elétrica

 

O julgamento aconteceu em 1935, e Albert Fish declarou insanidade. Ele foi condenado à morte, mesmo o júri tendo acreditado em sua loucura. Além disso, a própria filha adotiva de 17 anos na época resolveu depor contra ele, e contou ao juiz que seu pai tentava penetrá-los (todos os filhos), enquanto brincava com eles.

 

Fotos: Reprodução

 

Em 1936, o bicho-papão foi executado na cadeira elétrica.

 

Um filme baseado na história real de Albert Fish foi lançado mundialmente em 2007, sob o título de The Gray Man (O Homem Cinzento).

 

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Para o mundo, chegou portanto ao fim a história desse ser repugnante, entretanto, para quem perdeu seus entes por suas mãos, a justiça certamente não foi feita, pois a morte ainda significou muito pouco perto de tantas atrocidades. 

 

Estranho Mundo

 

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