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29/01/2023

Além da ação contra a disfunção erétil, Viagra reduz em até 39% os riscos de doenças vasculares

Foto: Reprodução

Quando a indústria farmacêutica se propõe a pesquisar um novo medicamento existe a intenção de se combater uma doença específica com tal criação. Acontece, no entanto, que no meio do caminho pode-se descobrir que a substância tem capacidade de proteger a saúde não somente contra a patologia em questão, mas também de outras enfermidades.

 

O Viagra é um desses casos. Criado em 2001, originalmente ele iria servir para o tratamento de pessoas com hipertensão arterial e pulmonar. Mas, a partir de um de seus efeitos colaterais, percebeu-se que era eficaz também na resolução de muitos casos de disfunção erétil – e assim ele se tornou um dos remédios mais famosos e comercializados em todo o mundo. Comprovou-se, agora, ainda mais benefícios que essa droga pode proporcionar à saúde: ela é capaz de reduzir em 39%, por exemplo, o risco de infarto em homens.

 

Após a ingestão e absorção, o Viagra é transportado a todas as partes do organismo por meio da circulação sanguínea e, assim, ocorre a dilatação das veias do corpo e, consequentemente, a queda da pressão arterial. Até esse ponto, tudo já é sabido. É isso que inibe a disfunção erétil. A novidade agora descoberta é que, durante o trajeto, o remédio causa a diminuição de eventual rigidez das artérias ligadas diretamente ao coração. Assim ocorre a redução de inflamações nas paredes das artérias e a medicação também reduz a coagulação sanguínea.

 

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As três ações estão interligadas e promovem o bem-estar de todo o sistema circulatório, diminuindo os riscos de o indivíduo ter episódios cardiovasculares graves. Além do já citado infarto, o Viagra tem ação contra o acidente vascular cerebral (AVC) e reduz o risco de Alzheimer, que pode surgir em pessoas que possuem um lento fluxo sanguíneo.

 

A pesquisa foi realizada pela Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e publicada na revista científica Journal of Sexual Medicine. Os pesquisadores analisaram entre 2006 e 2020 setenta mil homens que tinham, em média, 52 anos de idade e estavam em tratamento de disfunção erétil. Dentro desse universo, quase vinte e sete mil já usavam o Viagra regularmente. Ao final do trabalho, os cientistas estabeleceram que pelo menos três tipos de malefícios que atingem o coração podem ser combatidos com o Viagra.

 

A insuficiência cardíaca (quando o órgão não tem força suficiente para bombear o sangue), teve redução de risco de 17%. Pacientes que por conta de má circulação teriam de passar por um procedimento chamado revascularização coronariana, que significa a desobstrução de artérias, tiveram a obrigatoriedade diminuída em 15%. Episódios de angina cardíaca, que é a ocorrência de dores severas no peito por diminuição de sangue no coração, ficaram eliminados em 22% dos casos.

 

 

Os cientistas concluíram que, de forma geral, houve queda de 40% das complicações cardíacas. “A partir dos resultados do estudo se confirmou a indicação inicial do medicamento e o seu potencial contra a hipertensão”, afirma Fernando Costa, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. O médico explica que o relaxamento das artérias causa a liberação de substâncias benéficas ao organismo. “A pessoa que o utiliza para o tratamento da disfunção erétil terá, consequentemente, redução de eventos cardíacos perigosos”.

 

A leitura desse trabalho científico por leigos soa como a solução definitiva para as enfermidades citadas que podem acometer nosso organismo. O olhar médico especializado, no entanto, é diferente – e, sobretudo, mais treinado a enxergar os efeitos indesejados e colaterais. “Trata-se de um estudo importante, mas isso não significa que se deva tomar a droga sem aval clínico”, frisa Sergio Timerman, diretor do Centro da Parada Cardíaca & Ressuscitação do Instituto do Coração.

 

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Ele ensina: todos os medicamentos apresentam efeitos colaterais que podem ser danosos ao organismo. Por isso, defende que as avaliações técnicas sobre o Viagra devam continuar sendo feitas; e que os hábitos de uma vida saudável seguem sendo a melhor regra de proteção à saúde.

 

Fonte: Metrópoles

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