03 de Maio de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Geral
13/04/2020

Alertas de desmatamento na Amazônia batem recorde no primeiro trimestre de 2020, mostram dados do Inpe

Foto: Reprodução

A análise de dados por trimestre confirma a tendência de crescimento.

Os alertas de desmatamento na floresta Amazônica bateram o recorde histórico para o primeiro trimestre de 2020, se comparado ao mesmo período dos últimos quatro anos, quando começou a série de monitoramento do sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2020 foram emitidos alertas para 796,08 km² da Amazônia, aumento de 51,45% em relação ao me smo período de 2019, quando houve alerta para 525,63 km². Em 2018 foram 685,48 km²; em 2017 foram 233,64 km² e em 2016 foram 643,83 km².

 

Os alertas de desmatamento servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Já os dados oficiais de desmatamento são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), divulgados uma vez ao ano.

 

Veja também

 

Brasil ultrapassa 500 mil casos de dengue neste início de ano

 

Barba dificulta vedação de máscaras, diz infectologista

 

A análise de dados comparativos por trimestre evita distorções sazonais que possam ser causadas pela leitura dos satélites, como a presença de nuvens de chuva, por exemplo.

 

Se compararmos o mês de março de 2020 ao mesmo mês de 2019, o aumento é de 29,9%.

 

Os sinais de devastação não desapareceram nem mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

 

"Aumentou, talvez na expectativa de que a fiscalização ambiental não tivesse o mesmo fôlego durante a esse processo de expansão do coronavírus e com isso os indígenas foram cada vez mais expostos a esses invasores", afirma Hugo Loss, coordenador de operações de fiscalização do Ibama.

 

"A política de isolamento não chega necessariamente nas áreas rurais e especialmente nas regiões mais distantes dos grandes centros", afirma Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

 

Desmatamento e Covid-19

 

As áreas de preservação mais afetadas no primeiro trimestre de 2020 são a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará; a área de proteção ambiental do Tapajós, também no Pará; e a reserva extrativista Chico Mendes, no Acre.

 

Com a presença de madeireiros, a Covid-19 chegou às aldeias brasileiras. Um jovem yanomami, de 15 anos, morreu com Covid-19. Outros dois indígenas também morreram com a doença, mas não entram nas estatísticas oficiais porque viviam em áreas urbanas. Tratam-se de uma Kokama, de 44 anos; um Tikuna, de 78 anos.

 

Neste domingo, 12 o Fantástico mostrou que o governo tenta conter o aumento no número de casos montando uma megaoperação para expulsar invasores, que podem espalhar a doença nesta população.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatsApp.

 

A operação abrange três terras indígenas no sul do Pará onde vivem cerca de 1,7 mil indígenas. Os fiscais cumpriram 14 dias de quarentena preventiva antes de atuarem na área, e dizem seguir o protocolo sanitário. "Não existe qualquer tipo de contato entre os agentes e os indígenas", afirma Loss. 

 

G1

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.