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Esporte no Amazonas
18/08/2020

Análise: mesmo superior, Manaus mostra pouco repertório devido a meio sem criatividade

Foto: Divulgação

Gavião cria as melhores chances, mas empata com Botagofo-PB. Luizinho demora a mexer, não usa as cinco substituições, mas ainda assim time melhora e só não vence por falta de tempo

O Manaus mais uma vez foi superior, criou as chances mais claras de gols, mas, novamente, saiu de campo com um empate (com sabor amargo), o segundo consecutivo na Série C. Dessa vez contra o Botafogo-PB, em João Pessoa, pela segunda rodada da competição nacional.

 

A equipe comandada por Luizinho Lopes, diferentemente daquele time de Welington Fajardo, mostrou evolução em dois pontos principais: condicionamento físico, visto que cresceu principalmente depois do maior desgaste do Belo, e controle do jogo nos dois tempos.

 

Mas é aí que novamente entra a pergunta: o que faltou para sair com a vitória e, consequentemente os três primeiros pontos tão esperados? Analisemos por partes.

 

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Primeiro tempo


A entrada do Derlan no lugar de Ramon, a princípio, teve a resposta esperada, com o capitão aparecendo como elemento surpresa na área adversária. Mas tanto ele quanto Rafael Carrilho se movimentaram pouco e não deram muitas opções, principalmente, na saída de bola. O resultado foram as ligações diretas, sempre com Spice, que facilitaram a marcação do adversário.

 

Uma coisa geralmente leva a outra. Sem os volantes como ponto de ligação, o meia Janeudo passou quase despercebido nos 45 minutos iniciais. Quando recebia, não correspendia e errava os passes, o que deixava o meio sem criatividade e, consequentemente, isolava Mateus Oliveira no ataque, que tem como característica principal o pivô, como fez na conclusão de Rossini para fora, e a necessidade de poucos toques para finalizar.

 

Mateus teve boa chance no primeiro tempo — Foto: Raniery Soares / Manaus FC

 

Ainda assim, o Gavião conseguiu criar duas boas chances, ambos com o camisa 10, mas ao mesmo tempo com pouco repertório. Mais uma vez o time forçou as jogadas pela lateral direita, com Igor, que contava ora com Rossini, ora com Fumaça, que trocaram várias vezes de lado, para poder tabelar. Mas sem a criatividade de Janeudo, e com Rennan mais preocupado em marcar, o esmeraldino ficou muito dependente do lado direito e dos chutes de longe, sendo previsível.

 

E, apesar de superior, o Manaus levou sustos: nas investidas pelo lado esquerdo de ataque do Belo, com Kelvin, e nas já famosas bolas paradas. A mesma proporção que Igor aparece na frente para apoiar é a que deixa seu setor desprotegido. Kelvin chegou duas vezes com perigo por ali, forçando a cobertura a fazer falta. Aí era um "Deus nos acuda". Luizinho trocou marcação individual pela mista, mas a zaga levou desvantagem na maioria dos cruzamento.

 

Segundo tempo


As substutuições realizadas melhoram o Manaus, que voltou completamente desligado do intervalo. O problema foi a demora: podendo ter entrado desde o intervalo, Simionato demorou 22 minutos para substituir Mateus, que apesar de ser bom em suas características, não conseguia usufruí-las devido a falta de criatividade do meio. Mateus não volta para buscar jogo, pois não é estilo dele, diferentemente de Paulinho, que foi mais útil exatamente por conta disso.


Se a bola não chegava, ele passou a sair da área para participar. Com o desgaste do Belo, Luizinho demonstrou ousadia e colocou Matheusinho no lugar de Fumaça, e Gabriel Davis no lugar de Derlan. O time ficou mais criativo, ganhou em talento individual, chegou a acertar a trave, mas teve pouco tempo para mudar o cenário. É aí que entra mais uma crítica: além da demora para fazer as mudanças, não havia por que insistir com Janeudo.

 

Manaus acumulou mais um empate na Série C — Foto: Raniery Soares / Manaus FC

Fotos: Divulgação 

 

Assim como o jogo se desenhou mais para Simionato do que para Mateus, Hamilton também era uma opção mais ideal que Janeudo. Maior artilheiro do clube, o camisa 25 aparece com mais frequência na área e tem o cabeceio como ponto forte, assim como também arrisca de longe. Janeudo tem o passe como qualidade principal, mas a marcação adversário estava compactada.

 

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Isso sem falar que, assim como seu antecessor, Luizinho não utilizou as cinco substituições que tinha direito. Fez até uma a menos que Fajardo, apenas três, podendo dar um gás a mais para o time buscar a vitória, seja com Jandy no lugar do experiente Rossini, de 34 anos, ou com Caíque em vez de Rennan, o que daria mais qualidade ofensiva pela esquerda e não deixaria o lado direito tão sobrecarragado.

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