Ano de 2019 foi o 2º mais quente já registrado na história

 O recém-terminado ano de 2019 foi o segundo mais quente já registrado em toda a história, em um contexto de anos excepcionalmente quentes e com os níveis de CO2 na atmosfera continuando a subir.

Na Europa, porém, 2019 foi o ano mais quente de que se tem notícia, com temperaturas ligeiramente superiores às de 2014, 2015 e 2018.

Os números foram indicados em dados publicados nesta quarta-feira pelo Copernicus Climate Change Service (C3S) e pelo Copernicus Atmospheric Monitoring Service (CAMS), que são implementados através do European Centre for Medium-Term Weather Forecasts (ECMWF), em nome da União Europeia.

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As estatísticas fornecem o primeiro quadro global abrangente de temperaturas e níveis de CO2 em 2019, cujos resultados estão de acordo com as projeções da Organização Meteorológica Mundial e do Projeto Carbono Global (GCP).

Globalmente, a temperatura média do último ano foi quase 0,6 graus Celsius mais quente do que a média do período entre 1981 e 2010.

Foto: Reprodução

O ano mais quente de que se tem registo ainda é 2016, embora a temperatura média da superfície do ar no ano que acabou de terminar tenha sido apenas 0,04 graus mais baixa do que no período anterior.

Os dados também indicam que os cinco anos mais quentes registrados foram os cinco últimos e que o intervalo entre 2010 e 2019 foi o período de dez anos de maior calor em toda a história.

A temperatura média nos últimos cinco anos tem estado entre 1,1 e 1,2 grau acima dos níveis pré-industriais, conforme definido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Quanto às concentrações de CO2 na atmosfera, as medições por satélite apontam que, globalmente, as emissões de dióxido de carbono na atmosfera do planeta aumentaram em 2,3 partes por milhão em 2019, o que foi maior que a taxa de crescimento em 2018, mas abaixo da taxa de crescimento de 2,9 ppm de 2015.

"Os últimos cinco anos foram os cinco anos mais quentes da história e a última década a mais quente de que se há registo. Estes são, sem dúvida, sinais alarmantes", alertou o diretor da Cepmpm, Jean-Noël Thépaut.

Foto: Reprodução

O maior aquecimento em relação à média do período de 1981 a 2010 ocorreu no Alaska e em grandes partes do Ártico, enquanto a maioria das áreas continentais registrou temperaturas acima da média, especialmente na Europa Oriental e Austral, África Austral e Austrália. Em contraste, o centro e o sudeste do Canadá foram os mais baixos.

Na Europa, todas as estações foram mais quentes do que o normal, com destaque para o verão o outono. Quanto a dezembro passado, os dados do C3S apontam que a temperatura foi mais de 0,7 graus acima da média deste mês para o período 1981 a 2010 que, juntamente com o mesmo mês em 2015, são os mais quentes desde que os dados foram coletados.

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A temperatura média na Europa foi 3,2 graus mais alta que o período de referência (1981 a 2010), tornando-o o mês de dezembro mais quente da história do continente por uma pequena margem

R7