02 de Maio de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Mulher
25/03/2018

Biografia relata vida de Mona Lisa e quadro icônico de Leo da Vinci

Foto: Reprodução

Americana Lisa Gherardini investiga quem era a mulher por trás do quadro mais famoso do mundo Leia mais: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/biografia-reune-curiosidades-misterios-da-mona-lisa-22523850#ixzz5AllMrJMn stest

Lisa Gherardini poderia ter sido apenas mais uma donna bonitinha da era renascentista e ficar por isso mesmo. Mas o destino quis que ela fosse eterna. Retratada por Leonardo da Vinci (1452-1519), sua figura se tornou ícone das artes, da publicidade, do entretenimento.

 

Vê-la (mais ou menos) de perto, no Louvre, ainda pode despertar emoções fortes. Sabia disso, por exemplo, o francês Luc Maspero.

 

Em 1852, ele se jogou do quarto andar de um hotel em Paris registrando em seu bilhete de despedida: “Por anos busquei, desesperado, uma resposta para seu sorriso. Prefiro morrer”. Poucas paixões merecem tamanha declaração.

 

Por essas e por outras, a jornalista americana Dianne Hales acreditava que a personagem de Da Vinci merecia uma biografia. O resultado está em “Mona Lisa — A mulher por trás do quadro”. Tendo a vida de Lisa Gherardini como fio condutor, são três livros em um só: uma breve história da vida privada da rica Florença, centro do planeta na sua época; o cenário cultural da Itália de Da Vinci e Michelangelo; as curiosidades em torno do quadro mais famoso do mundo.

 

Nascida em 1479, em Florença, Lisa vinha de linhagem nobre, das antigas. Foi casada aos 15 anos de idade com Francesco del Giocondo, um comerciante sem nobreza no sangue. Casar era um bom negócio (até porque o amor ainda não tinha sido inventado).

 

Os dotes, por exemplo, faziam muita diferença nesse jogo. Na média, o dote aumentava em 23% o patrimônio do noivo, comendo 14% dos bens do pai da noiva. Mais que isso, o casamento elevou Giocondo à elite da sociedade, graças à associação com uma legítima Gherardini. Sangue azul valia mais que dotes gordos. Business.

 

Não era fácil a vida das mulheres daquela época. Além de serem usadas como valor de troca, o pecado original ainda lhe pesava sobre os ombros, e a elas cabia obedecer aos homens que as controlavam: o pai, o marido, os filhos. Era assim que funcionava. Não foi diferente com Lisa, que teve seis filhos com Francesco e morreu aos 63 anos, em 1542, encerrada num convento para onde se mudara ao ficar viúva.


Seu nome teria se perdido aí, não tivessem os Giocondo encomendado a Da Vinci o retrato da jovem mulher em 1503. Muito se especula, ainda hoje, o que o mestre viu de especial ao conhecê-la. Há inúmeras opiniões, cada um tem a sua. Aliás, há divergências até em relação à verdadeira identidade da personagem.


Seja como for, Da Vinci regou essa obra praticamente pelo resto da vida. Mesmo com apenas 53 cm de largura por 77 cm de altura, o quadro foi trabalhado e retrabalhado à exaustão. É como se o artista buscasse condensar e reproduzir o mistério feminino que somente uma alma muito sensível seria capaz de perceber. Se conseguiu ou não, vá saber.

 

Dianne conta na parte final do livro ótimas historias sobre trajetória do quadro — desde 1525, adornando uma suíte de banho do rei Francisco I em Fontainebleau e, bem depois, encantando Napoleão, até sua popularização, seu sequestro, em 1911, as viagens pelo mundo e, claro, sua glória no Louvre, onde milhões de pessoas tentam desvendar o enigma por trás do sorriso mais sedutor de todos os tempos. Vãs tentativas, diga-se.


O Globo 

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.