Segundo o governador, quantia que seria paga ao longo de quatro meses não repõe perdas financeiras provocadas pela pandemia de coronavírus
Na videoconferência na qual os governadores de todos os estados e do Distrito Federal se reuniram com Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (21), o presidente acenou com uma ajuda financeira de R$ 2,2 bilhões ao governo do Rio, que seria paga em quatro parcelas mensais de R$ 550 milhões. O governador Wilson Witzel, no entanto, contesta o valor, que na sua opinião deveria ser maior.
“Apesar de a ajuda ser fundamental, no caso do Rio o valor é insuficiente para repor as perdas neste período de pandemia. Por isso, solicitei audiência com o presidente para discutir a situação específica do estado”, escreveu o governador em rede social após a reunião.
Ao GLOBO, o secretário estadual de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho afirmou serem necessários ao menos R$ 10 bilhões em 2020. Caso contrário, até mesmo o pagamento do funcionalismo estadual estaria comprometido.
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Na videoconferência, Witzel não se manifestou, pois ficou acordado que apenas os governadores João Doria (São Paulo), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Renato Casagrande (Espírito Santo) falariam. Fontes do Palácio Guanabara disseram à reportagem que um dos principais pleitos de Witzel a Bolsonaro envolve a Cedae. O governador gostaria de prolongar o prazo para privatizar a empresa, que expiraria este ano, por conta da crise no mercado financeiro provocada pela pandemia. Witzel pleiteia, ainda, que o governo federal compre ações da Cedae em um eventual IPO (abertura da companhia ao mercado de ações).
O Globo