Brasil tem semana mais letal da pandemia: 21.172 mortos
Na semana que terminou ontem, 10/04, o Brasil perdeu 21.172 pessoas por covid-19. É mais um recorde negativo da pandemia. Nunca antes a doença matou tanto em uma única semana no país.
Em meio a tantos recordes negativos, fica difícil entender o que os números representam. É como se, entre o domingo passado (4) e sábado (10), tivessem caído quase 300 aviões do Chapecoense. Ou como se tivessem ocorrido 78 desastres de Brumadinho em apenas uma semana.
A quantidade de vítimas é 8% maior que uma semana antes —que já tinha batido o recorde. E é quase três vezes o número de mortes por covid-19 na pior semana da primeira onda da pandemia no Brasil, no final de julho.
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Com esses indicadores, o Brasil apresenta hoje a pior situação da pandemia em todo o mundo. Há mais de um mês, desde 9 de março, somos o país onde mais morrem pessoas por covid-19, todos os dias.
A semana passada foi a pior da covid-19 na maior parte do Brasil. A exceção é o Sul, que teve 4,5% menos mortes na semana passada em relação ao pico, ocorrido em meados de março. E o Norte, que teve a semana mais letal ainda na primeira onda, em maio.
Nova variante e pouca vacina
A variante surgida em Manaus é a mais presente no Brasil hoje, segundo pesquisas que analisam o tipo exato de vírus que está em circulação. Chamada de P1, chega a ser 2,5 vezes mais transmissível que as primeiras formas do coronavírus. Isso ajuda a explicar a gravidade da segunda onda da pandemia no país.
O ritmo lento da vacinação também dificulta a contenção do vírus. Até este domingo, apenas uma de cada nove pessoas haviam recebido a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Brasil.
Apesar deste cenário de caos, o presidente Jair Bolsonaro continua dando maus exemplos. Ontem, dia em que o Brasil passou de 350 mil mortes por covid-19, Bolsonaro foi de moto a uma comunidade perto de Brasília.
Fotos: Reproduções
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"Continua em casa e daí morre de fome", disse Bolsonaro, em tom de deboche, sobre medidas que visam promover o isolamento social para frear o ritmo da pandemia.
Fonte: UOL