27 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
13/01/2021

Câmara dos EUA aprova impeachment de Trump por ‘incitar a insurreição’ contra a democracia

Foto: Reprodução

Entrada de visitantes do Capitólio, apinhada de soldados da Guarda Nacional para a votação na Câmara do impeachment de Donald Trump

A uma semana do fim do mandato de Donald Trump, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira o processo de impeachment do presidente, e a ação agora segue para o Senado, que encontra-se em recesso.

 

O presidente da Câmara Alta, o republicano Mitch McConnell, afirmou, no entanto, que não reunirá a Casa até o dia 19 de janeiro, véspera da posse de Biden, e, com isso, Trump deve permanecer na Presidência até o final de seu mandato.

 

Esta foi a primeira vez na História que um presidente americano foi duas vezes condenado pela Câmara dos Deputados, desta vez pela acusação de “incitar a insurreição” contra a ordem constitucional e o sistema democrático do país.

 

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Ao contrário do primeiro processo, aprovado no final de 2019 com todos os deputados correligionários apoiando Trump, desta vez, além de todos os democratas, ao menos dez republicanos voltaram-se contra o presidente, fazendo desta a votação de impeachment com maior apoio bipartidário da História. O resultado final foi de 232 votos a favor do impeachment e 207 contra.

 

Os democratas desejam aprovar o impeachment de Trump para fazer desta situação um exemplo, em relação a líderes que incitam a rebelião, e também para abrir espaço para, em uma votação independente posterior, cassar os direitos políticos de Trump, o que o impediria de voltar a se candidatar.

 

Começando pela manhã, os deputados travaram um longo debate sobre o impeachment do presidente invadida há uma semana por apoiadores de Trump, depois de o presidente incitar uma multidão a impedir o Congresso de oficializar a vitória do presidente eleito Joe Biden. Cinco pessoas morreram nos distúrbios, incluindo um policial do Capitólio dos EUA que morreu em decorrência de ferimentos de golpes dados por manifestantes.

 

Desta vez o Congresso estava fortemente vigiado, protegido por milhares de soldados da Guarda Nacional, que estavam dentro do edifício pela primeira vez desde a Guerra Civil Americana. Os democratas e republicanos trocaram argumentos calorosos sobre os efeitos a longo prazo de uma condenação contra o presidente.

 

Citando os episódios mais sombrios da História americana, a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, da Califórnia, pediu aos colegas de ambos os partes que adotassem "um remédio constitucional que garantirá que a República estará a salvo deste homem que está tão resolutamente determinado a destruir as coisas que amamos e nos mantêm juntos. ”

 

— Ele precisa sair. Ele é um perigo claro e presente para a nação que todos amamos — disse Pelosi. — Sabemos que o presidente dos Estados Unidos incitou esta insurreição, esta rebelião armada, contra o nosso país.

 

Ao contrário dos debates acirrados do processo de 2019, no entanto, o prédio estava mais silencioso, sem hordas de repórteres e câmeras.

 

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Após apoiar as falsas acusações de Trump sobre fraude eleitoral, o deputado Kevin McCarthy da Califórnia, líder republicano da Câmara, agiu com cautela. Manifestou-se contra o impeachment, alertando que isso "inflamaria ainda mais as chamas da divisão partidária". Mas também culpou Trump pelo ataque e rebateu falsas sugestões de alguns de seus colegas de que antifascistas tinham sido responsáveis pelo cerco, e não seguidores Trump. Ele propôs aprovar uma moção de censura ao presidente em vez de aprovar o impeatchment.

 

Fonte: O Globo

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