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25/09/2019

Caso Ágatha: perícia será feita aos poucos para UPP não ficar sem armas

Foto: Felipe Grinberg

Policiais militares entregam para agentes da Polícia Civil três fuzis usados por PMs durante a ação

RIO - Três das doze armas apresentadas pela Polícia Militar para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) serão levadas para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), no Centro, nesta quarta-feira.

 

A mesma ação se repetirá no dia seguinte, na quinta-feira, quando a PM entregará outras três, indo buscar as demais, já analisadas. Essa manobra ocorre porque a corporação, segundo investigadores, não poderia ficar com o paiol da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha, no Complexo do Alemão, desabastecido de armamento.

 

Como o caso Ágatha é uma prioridade para o governo do estado, as armas serão periciadas de imediato e liberadas em seguida.

 

O armamento foi catalogado pela DH e, segundo fontes da Polícia Civil, foi devolvido para UPP e não trará prejuízos à investigação. O protocolo exige que a PM entregue as armas à Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), na Cidade da Polícia. Em seguida, elas serão levadas para o ICCE.

 

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— Tem todo um fluxo administrativo de cooperação com a PM a fim de não tirarmos todas as armas daquela unidade, que está dentro de uma região conflagrada. O recebimento está sendo de forma escalonada a fim de não prejudicar o serviço da PM naquele local — explicou o titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), Daniel Rosa, que investiga o crime.

 

Das doze armas usadas por policiais militares que estariam de plantão na noite da última sexta-feira, quando Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, foi baleada, uma era particular. Pertencia a um dos PMs, que a entregou na terça-feira, dentro de um saco plástico, à DH. A pistola dele, além de outras armas do mesmo tipo e fuzis, começam a ser periciados nesta quarta-feira, por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

 

Os peritos da Polícia Civil farão o confronto balístico e o exame de eficácia das armas. Na primeira etapa, eles irão analisar se o fragmento extraído no corpo da menina saiu de algum armamento apreendido. Em seguida, será feito o teste de eficácia, para verificar a funcionalidade das pistolas e fuzis, analisar a numeração deles e saber se elas estão disparando. Haverá prioridade no caso, por ser de repercussão internacional e para liberar as armas para a PM. Um investigador explicou ao GLOBO que a análise de funcionalidade é para se ter certeza de que o armamento funcionava. Isso para o caso da pessoa que utilizava armar alegar que ela era inoperante.

 

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Rosa já adiantou que existe a possibilidade de não se descobrir a arma utilizada, uma vez que o fragmento encontrado no corpo de Ágatha é muito pequeno.

 

— O projétil quando entra direto no corpo da vítima e ali permanece é perfeito. A gente tem como determinar o calibre e fazer o confronto balístico. Mas tem situações que a bala antes de atingir a vítima, ela bate em alguns anteparos: um poste, uma árvore. Às vezes ela se rompe, se quebra. Foi o que aconteceu no caso da menina. Provavelmente colidiu com algum obstáculo e se rompeu antes de atingir a vítima. Entrou um pequeno fragmento e, por isso, estamos com dificuldades para determinar o calibre da arma — afirmou Rosa, na tarde desta terça-feira, na porta da DH. 

 

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