O sistema imunológico
O sistema imunológico é de longe um dos mecanismos de defesa mais importantes dentro do organismo dos seres humanos. Através dele, conseguimos manter nosso corpo protegido contra bactérias e vírus pela maior parte do tempo, uma vez que ele é capaz de distinguir células invasoras das nossas próprias células.
Mas nem sempre tudo ocorre tão bem assim. Nas doenças autoimunes, por exemplo, o sistema imunológico pode entrar em um estado caótico e confundir uma parte do seu corpo, como os tendões ou a própria pele, como invasores.
E qual o motivo para isso acontecer? Por esse motivo, vamos investigar como funciona o sistema imunológico.
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Funcionamento do corpo
Em primeiro passo, precisamos compreender que o sistema imunológico é inato aos seres humanos e tem uma resposta muito particular a qualquer tipo de antígeno — substâncias estranhas ao corpo. Resumindo, esse é o nome dado para o conjunto geral de defesas do corpo, como as membranas mucosas ou até mesmo reflexos de tosse e espirro.
Esse sistema também inclui os famosos glóbulos brancos (fagócitos) responsáveis por devorar qualquer antígeno que conseguir ultrapassar as primeiras camadas de defesa. Portanto, o invasor ou será completamente aniquilado em sua chegada ou o sistema imunológico comprará tempo para que uma resposta defensiva ainda mais complexa consiga entrar em ação.
Esse sistema é altamente adaptativo e está sempre aprendendo com a chegada de novos antígenos, na esperança de que consiga lidar com maior facilidade na reincidência de algum caso. É por esse motivo que existem os linfócitos B, de onde os anticorpos saem, e também os linfócitos T, responsáveis por coordenar o ataque contra a proteína dos antígenos.
Doenças autoimunes
Se não fosse pelo sistema imunológico, os seres humanos fatalmente andariam doentes 24 horas por dia. Ele pode ser considerado um poderoso defensor quando está trabalhando a nosso favor, mas também pode ser uma grande ameaça quando decide nos atacar.
E como isso funciona? A ciência ainda não sabe explicar ao certo o que faz com que nosso organismo se vire contra nós. Mesmo assim, algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver uma doença autoimune ao longo da vida do que outras — mulheres entre 15 e 44 anos são as que mais correm risco.
Dados apontam que 3% a 5% da população mundial é afetada por uma doença autoimune ao longo da vida. Como a incidência desses problemas de saúde vem crescendo nos últimos anos, cientistas suspeitam que fatores ambientais, como infecções e exposição a produtos químicos ou solventes, podem estar envolvidos nesse processo.
Ausência de cura
Fotos: Reprodução
Em 2015, um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica sugeriu que o surgimento de maiores casos de doenças autoimunes pode estar relacionado ao avanço científico no combate a outras doenças. Segundo os pesquisadores, o crescente uso de antissépticos e vacinas tem feito com que as crianças não sejam mais tão expostas aos antígenos.
Essa falta de exposição poderia fazer com que o sistema imunológico pendesse a reagir exageradamente a substâncias inofensivas. Os exemplos de doenças autoimunes existentes são vastos:
Diabetes tipo 1;
Artrite reumatoide;
Esclerose múltipla;
Doença celíaca;
Entre outras.
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Nenhum tratamento existente hoje é capaz de curar uma doença autoimune, mas podem controlar a resposta imunológica hiperativa e reduzir a inflamação ou, pelo menos, reduzir a dor local. De acordo com os especialistas, ter uma dieta balanceada e seguir uma rotina constante de exercícios também podem ajudar o enfermo a se sentir melhor.
Fonte: Mega Curioso