Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, é chefe do tráfico no Complexo de Israel
O pavor impede que moradores denunciem os abusos cometidos pelo traficante Peixão e faz com que vigore a “lei do silêncio” nas comunidades do Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio. Álvaro Malaquias Santa Rosa tem 79 anotações em sua folha de antecedentes criminais. Registros de homicídio, associação para o tráfico e ocultação de cadáver prevalecem.
Há, ainda, dez casos de intolerância religiosa, que incluíram violações de domicílio e ameaças. Segundo o banco nacional de ordens de captura do Conselho Nacional de Justiça, há seis mandados de prisão contra ele, que nunca foi para a cadeia.
Desaparecimentos e execuções sumárias são comuns nas favelas sob domínio de Peixão na Zona Norte. São elas: Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau. Recentemente, o criminoso anexou mais duas ao seu domínio: Tinta e Dourados. Ele também dá as ordens em pelo menos três outras comunidades da Baixada Fluminense: Parque Paulista e Massapê, em Duque de Caxias, e Buraco do Boi, em Nova Iguaçu.
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Em meados de 2010, Peixão começou uma perseguição às religiões de matriz africana em seus territórios, com terreiros invadidos e destruídos. Criminosos de seu bando mandam os líderes religiosos do candomblé e da umbanda saírem imediatamente das comunidades.
Moradores e pesquisadores contam que o ódio pelas religiões de matriz africana se deve à família do traficante. A mãe dele foi mãe de santo e se converteu evangélica. Ela passou a frequentar uma igreja com os filhos, na qual Peixão chegou à posição de obreiro.
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Um dos bandidos mais procurados do Rio costuma ser visto orando em uma igreja evangélica de Parada de Lucas, favela da Zona Norte onde se criou, depois de sair de Duque de Caxias, onde nasceu. Apontado pela Polícia Civil como traficante, assassino e mandante de execuções, há relatos de que Peixão costuma dizer que age “em nome de Deus e de Jesus”, apesar de a sua ficha criminal mostrar que ele descumpre um dos mandamentos da fé cristã: “Não matarás”.
Fonte: Extra