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28/04/2020

Conheça a história verdadeira por trás de 'O Exorcismo de Emily Rose'

Foto: Reprodução

O Exorcismo de Emily Rose

O filme “O Exorcismo de Emily Rose” está entre os mais populares do gênero de horror em toda a história, mas o que alguns não sabem é que o seu roteiro não foi totalmente inventado, há sim um pouco de verdade nos fatos relatados pela obra.

 

A personagem principal do filme foi inspirada em Anneliese Michel, uma garota alemã que cresceu nos anos 60 na região da Bavária, na Alemanha. De família religiosa, Anneliese foi uma católica praticante, e frequentava missas duas vezes por semana.

 

Quando tinha aproximadamente 16 anos, Anneliese estava na escola quando repentinamente desmaiou, e quando acordou passou a andar pela escola de forma desajeitada, como se estivesse em um tipo de transe. Quando se recuperou do episódio, ela não se lembrava completamente de tudo o que havia acontecido.

 

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 Um ano depois, algo semelhante voltou a acontecer, e Anneliese entrou em transe em sua própria cama, inclusive apresentando convulsões e tremores descontrolados. Depois deste segundo episódio, Anneliese decidiu que era hora de visitar um especialista, e consultou com um neurologista, que lhe diagnosticou com epilepsia de lobo temporal, uma condição que pode causar tonturas, perda de memória e alucinações auditivas e visuais. Não raramente, também, essa condição provoca a chamada “síndrome de Geschwind”, normalmente relacionada à hiper-religiosidade.

 

  

Anneliese recebeu medicamentos para epilepsia, começou um tratamento médico e inclusive conseguiu entrar para a faculdade de Wurzburg, em 1973. Infelizmente o tratamento não surtiu o efeito esperado. À medida em que o tempo foi passando, sua condição ficou cada vez pior, e a garota convenceu a si mesmo que estava possuída por algum tipo de entidade demoníaca, que podia se comunicar com ela durante suas orações e ao longo do dia. De acordo com os relatos da garota na época, ela ouvia as vozes dos “demônios” em sua cabeça, e eles supostamente diziam que ela estava condenada ao inferno após sua morte.

 

 

A garota buscou ajuda com vários padres, mas a grande maioria destes alegou que não podia ajudá-la, já que dependiam da autorização de um bispo, e acreditavam que a condição da garota precisava ser tratada por médicos, e não pessoas ligadas à igreja.

 

Algum tempo depois, a situação perdeu totalmente o controle. Anneliese chegava a arrancar suas próprias roupas durante suas crises, beber sua própria urina e até mesmo comer aranhas vivas e pedaços de carvão. Relatos da época dão conta de que a garota rastejava por sua casa, passando por baixo dos móveis e até mesmo imitando latidos de cachorro.

 

Desesperada, sua mãe buscou ajuda com um padre chamado Ernst Alt, que acreditou que a garota realmente estava possuída, e precisava de apoio espiritual. Mais tarde, quando precisou depor sobre o caso na justiça, Ernst afirmou que “a garota definitivamente não parecia alguém que sofria apenas com epilepsia”.

 

 

O bispo Josef Stangl foi quem autorizou Ernst Alt a proceder com um exorcismo, desde que ele fosse realizado em total segredo. Ao todo, foram realizados 67 “sessões” de exorcismo com a garota, com algumas durante mais de quatro horas. Durante essas sessões, Anneliese afirmou que sabia o nome dos demônios que a possuíam: Lucifer, Cain, Judas, Adolf Hitler e Nero. Esse episódio foi dramatizado pelo filme de 2005, em uma cena de grande popularidade entre os fãs do gênero.

 

Os demônios, a quem Anneliese acreditava dar voz, discutiam entre eles durante as sessões de exorcismo. Eventualmente, a garota passou a desenvolver grandes ferimentos em seus tendões e joelhos, devido ao tempo em que ela passava ajoelhada rezando. Além disso, a mulher parou de comer adequadamente, e durante os 10 meses de sessões de exorcismo ela passou por um severo quadro de desidratação e desnutrição. De forma trágica, Anneliese faleceu em 1º de julho de 1976, por complicações causadas por todos esses fatores. Ela tinha apenas 23 anos na época.

 

 

A história da garota se tornou uma sensação na Alemanha após a sua morte, e os pais de Anneliese, junto com os padres que se encarregaram do seu “exorcismo”, foram acusados de homicídio, já que na visão da justiça eles negligenciaram a situação da garota. Os padres foram condenados a seis meses de prisão, enquanto os pais não precisaram cumprir a pena já que a justiça entendeu que eles haviam sofrido o suficiente com a perda da filha.

 

O filme, lançado em 2005, conta com uma grande carga de dramatização e até mesmo um certo exagero em algumas cenas, no entanto muitas das coisas mostradas na obra de ficção realmente aconteceram de uma forma ou outra durante a triste história de Anneliese.

 

Fotos: Reprodução

 

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Hoje em dia, os especialistas da área da psiquiatria e psicologia são quase unânimes na crença de que a garota deveria ter recebido apoio médico adequado. Ainda assim, para muitos religiosos, a história de Anneliese é a prova de que, assim como os mais antigos diziam, existem mais coisas entre o céu e a terra do que possamos pensar em compreender.

 

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