O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) defende que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atue de “forma enérgica e contundente, incontestável” para proteção da vida dos povos indígenas no Brasil.
O pedido acontece durante a crise humanitária decretada pelo Ministério da Saúde em decorrência de yanomamis mortos por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, em Roraima.
Para interromper o cenário de desnutrição e ataque às comunidades indígenas no Brasil, o Cimi declarou que o governo federal deve retomar de forma imediata a política de demarcação e proteção de territórios indígenas. “O desafio indiscutível de recuperar a convivência democrática no país passa, claramente, pela garantia dos direitos fundamentais dos povos indígenas”, declarou o Conselho Indigenista Missionário em nota.
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POVOS YANOMAMIS
O presidente Lula viajou para Roraima no último sábado (21/1), junto com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; da Defesa, José Múcio; e da Saúde, Nísia Trindade.
O governo federal acompanha a situação dos yanomamis, entre adultos e crianças, que se encontram em um estado de “absurda situação de desnutrição”. Os indígenas são vítimas do avanço do garimpo ilegal dentro do seu território e a contaminação dos rios e animais por mercúrio disseminado pela extração de ouro.
Para ajudar nos cuidados aos indígenas yanomamis, o Ministério da Saúde abriu inscrições para cadastro voluntário de profissionais que desejam trabalhar por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) dentro do território
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VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS INDÍGENAS
Além dos povos yanomamis, o Cimi defende a proteção dos povos originários contra o avanço de criminosos. Um dos casos citados pelo conselho é o assassinato de dois jovens do povo Mura, no município de Autazes, no Amazonas, em 9 de janeiro deste ano, a suspeita é de que o responsável pelo crime seja um dos invasores da terra indígena.
Fonte: Metrópoles