CPMI aponta que governo fez anúncios em 'canais inadequados'

A CPMI das Fakes News fez um levantamento e identificou que o governo fez 2,065 milhões de anúncios em sites, aplicativos de mensagens e canais de Youtube que divulgam "conteúdo inadequado". As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o relatório aponta que a publicidade foi paga com verba da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República). Os anúncios estão presentes até em site de notícias falsas e com conteúdo pornográfico.

O site Terça Livre, do blogueiro Allan dos Santos, que foi alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito de fake news na semana passada, recebeu 1.447 anúncios em seu canal no Youtube.

Veja também 

Comissão decide que ex-ministro Sérgio Moro receberá salário por 6 meses e ainda não pode advogar

Moro agiu de forma 'covarde' e defendia 'outra ideologia', diz Bolsonaro

O relatório fala em questionar a Secom sobre o fato, já que o blogueiro afirmou que não recebia dinheiro público.

"Necessário, portanto, formular questionamento àquela secretaria para quantificar exatamente o montante pago ao canal em todo o período de vigência do contrato com o Google Adsense, tendo em vista que tivemos acesso apenas aos dados parciais", diz o documento.

A Secom também pagou anúncio em sites que fazem a promoção de autoridades com o presidente Jair Bolsonaro. O canal e o site oficial do senador Flávio Bolsonaro também estão na lista.

Terra