Departamento médico do Grêmio orienta jogadores e funcionários em prevenção ao coronavírus

O Grêmio está atento à evolução da pandemia mundial de coronavírus e já toma medidas para conscientizar seus funcionários e jogadores. O coordenador do departamento médico, Ciro Simoni acredita que as federações, governos e o próprio clube estão executando ações com antecedência em relação à chegada de mais casos do vírus ao Estado. Segundo ele, ainda não há mudanças nas rotinas dos jogadores. O foco é na prevenção.

— Estamos seguindo o que as secretarias e ministério definem, como qualquer outra empresa. Vai muito de orientar, repassando informações sobre como de fato acontece o contágio. Destacamos a eles a importância da higiene, especialmente lavar as mãos — afirma Simoni, destacando o aumento no abastecimento de álcool gel nos ambientes do clube:

— No CT já existia e se aumentou a oferta de forma significativa. Não sei quantos compraram a mais, mas se tu fores lá, para qualquer lado que andar, tem.

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O médico foi o secretario da saúde do Rio Grande do Sul em 2009. Naquele ano, ele era o responsável por definir a estratégia a ser seguida por toda população do Estado contra o vírus H1N1. Ele lembra que a contenção daquela epidemia era mais fácil, pois contava com vacina e medicação própria para os sintomas. Entretanto, afirma que atualmente a imprensa e comunidade estão mais atentas aos riscos e prevenção do coronavírus.

Ciro elogia a postura da Federação Gaúcha de Futebol de definir que os jogos do Gauchão sejam disputados sem a presença de torcedores nos estádios. Ele destaca que é a ação mais adequada para o momento.

— Ontem tivemos um público de 53 mil torcedores na Arena. Se tivéssemos o vírus mais perto, certamente iria abrir a possibilidade de infectar muitas pessoas. É válido o cuidado. Vamos ver como evolui. Toda precaução é bem-vinda — opina.

O coordenador médico revela que seu colega Paulo Rabaldo terá um momento de conversa com o elenco principal neste sábado (14), durante a concentração para o jogo do Grêmio contra o São Luiz. A ideia é reforçar que eles levem as instruções para suas famílias e colocar a equipe médica mais uma vez à disposição.

Ciro Simoni reforça que todos os atletas têm suas carteiras de vacinação em dia e uma alimentação especial. A combinação garante a melhor condição de imunidade possível para eles:

— São pessoas com organismos fortes, uma certa reserva de física, e têm facilidade para enfrentar qualquer infecção. Se um vírus me atinge e atinge a um deles, por exemplo, os sintomas são muito mais fortes em mim do que neles.

Questionado sobre hábitos da convivência entre boleiros que possam propagar o vírus, como apertos de mão ou troca de camisas ao final do jogo, Dr. Simoni se mostra confiante:

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— É cultural, atitudes fraterna que sempre fizeram. Mas acredito que vai chegar um ponto em que todos vão estar preocupados com isso e seguirão as recomendações de não cumprimentar mais tanto assim os companheiros. 

GauchaZH