Investigada por uso de laranjas, empresa que atuava em presídio de Mossoró recebeu R$ 5.437.798,00 em emendas parlamentares neste ano
Com sede no Guará, a R7 Facilities Serviços de Engenharia LTDA vem realizando obras milionárias em diversos contratos por todo o país. A empresa, no entanto, passou a ser investigada por ser supostamente administrada por “laranjas”. As apurações começaram após dois presos do Comando Vermelho fugirem da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde a construtora também atuava.
Mesmo assim, na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU), a companhia recebeu R$ 5.437.798,00 em emendas parlamentares só neste ano.De acordo com a plataforma Siga Brasil, que reúne informações sobre os pagamentos de emendas parlamentares no país, há nove repasses indicados por bancadas estaduais e comissões com valores variando entre R$ 197 mil e R$ 1,7 milhão.
Três emendas foram previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, e as demais constam no dispositivo legal do ano seguinte. Trata-se de pagamentos para serviços que, em tese, já foram corretamente prestados.
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O painel indica as pessoas físicas ou jurídicas que figuram como favorecidas finais das ordens bancárias emitidas pela União. Ou seja, são os nomes de quem o pagamento foi efetivado. A empresa sequer aparece nos espelhos das emendas parlamentares, documentos onde são identificadas informações básicas dos gastos.
Consultando os espelhos da emenda, é possível verificar que o dinheiro foi para serviços que incluem, sobretudo, o desenvolvimento da agricultura em vários lugares do Brasil. A construtora foi, então, a recebedora final de parte dos valores, que foram intermediados por outros órgãos públicos.Vale ressaltar que as investigações não apontam uma relação direta entra a fuga dos presos de Mossoró com a atuação da R7 Facilities, mas apenas a possível utilização de “laranjas”.
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A CGU confirmou ao Metrópoles que as apurações ainda estão em curso, mas informações adicionais não podem ser repassadas já que trata-se de um processo sigiloso. Há também um processo do Tribunal de Contas da União (TCU) em andamento sobre as denúncias.
Fonte: Uol