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Internacional
10/03/2020

EUA querem Brasil no 'março de máxima pressão' contra Venezuela

Foto: Reprodução

Desde fevereiro, Trump vem endurecendo o discurso e as sanções contra Maduro. Ao mesmo tempo, o mandatário tem encontrado líderes da região

Enviado especial a Miami (EUA) – A administração do presidente norte-americano, Donald Trump, quer que o Brasil some esforços no que vem sendo chamado de “maximum pressure march” – ou “março de pressão máxima” – contra a Venezuela.

 

Trump, que enfrenta no fim deste ano uma corrida incerta para a reeleição, vem aumentando o tom com Nicolás Maduro. E a visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos Estados Unidos – mais especificamente à Flórida, onde fica a maior comunidade venezuelana do país – serviu para o recado ser passado.

 

Desde fevereiro, Trump vem se reunindo com líderes de países que fazem fronteira com a Venezuela. O presidente colombiano, Ivan Duque, o equatoriano, Lenin Moreno, e o autointitulado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, estiveram nos Estados Unidos para falar sobre a crise politica que o país enfrenta. Além disso, as sanções ao país e às instituições que levam algum incentivo a eles vêm sendo punidos.

 

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No dia 18 de fevereiro, por exemplo, a petroleira russa Rosneft foi punida após acusação de ajudar o líder venezuelano Nicolás Maduro a contornar sanções pré-impostas pelos Estados Unidos.

 

O termo “maximum pressure march” foi usado em um briefing de um representante da Casa Branca antes da viagem de Bolsonaro em que os objetivos da administração atual foram detalhados. Nessas reuniões, fica acordado entre jornalistas e fontes que apenas a informação – e não o nome de quem as repassou – seja divulgada.

 

No jantar que foi realizado no resort de Mar-a-lago, na Flórida, o assunto esteve na mesa. Na mesma ocasião, Bolsonaro comemorou o que chamou de “boa relação de direita” com Trump.

 

Quem confirmou foi o ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, em rápida conversa com jornalistas no fim da tarde de domingo (08/03), pouco antes de ele ir se encontrar com o presidente para um jantar na casa do general Mauro César Lorena Cid, coordenador do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami.

 

“Venezuela foi um dos principais assuntos na mesa”, disse o ministro, emendando críticas ao regime de Nicolas Maduro.

 

Ao longo da viagem, o próprio presidente Bolsonaro, em diversas ocasiões, disparou contra o regime de origem chavista. Nesta segunda-feira (09/03), em seu discurso no evento da Apex para empresários brasileiros e norte-americanos, o presidente voltou a mencionar o vizinho incômodo.

 

“Estou muito feliz em ter tido a honra de participar do jantar com o senhor Donald Trump no sábado último. Muitas coisas foram tratadas, algumas de forma reservada. Como or exemplo a questão da nossa Venezuela”, destacou Bolsonaro.

 

“Eu tenho dito a todos: é importante que nós queiramos fazer de tudo o possível para que seja restabelecida a normalidade na Venezuela, o que não é fácil tendo em vista o grau de degradação moral e política no país”, prosseguiu Bolsonaro.

 

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O presidente não muitos detalhes de como será feita essa movimentação e destacou que houve uma parte das conversas feitas de forma reservada. O primeiro passo, porém, foi explicado. Na avaliação do governo brasileiro, é fundamental impedir que outros países escolham governantes alinhados à esquerda para não fortalecer um bloco regional, como houve nos primeiros anos da década de 2000.

 

Metrópoles

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