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11/02/2020

Fevereiro Laranja alerta para combate à leucemia

Foto: Reprodução

Sintomas como febre, intensa palidez, dor óssea e hematomas no corpo indicam que o paciente deve procurar ajuda médica imediatamente

Fevereiro também é um mês de conscientização e a cor laranja ganha destaque trazendo uma importante mensagem: prevenção e combate à leucemia, uma doença que acomete nas células sanguíneas, geralmente, de origem desconhecida. No ranking mundial, entre os cânceres mais incidentes, as leucemias ocupam a 11ª posição e quanto à mortalidade por câncer, o 10º lugar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Em 2019, a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) realizou 14.262 atendimentos de doenças no sangue e onco-hematológicos. Além disso, registrou 185 casos novos de cânceres no sangue, sendo 117 somente de leucemia. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), apontam que em 2018 foram registrados cerca de 10.800 novos casos de leucemia.

 

De acordo com o Hematologista do Hapvida Saúde, Jorge Godoy Bezerra, existem mais de 12 tipos de leucemia. “Os quatro primários e mais recorrentes são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC). O diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos e laboratoriais”, destaca.

 

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A medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.

 

O especialista explica que os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo com isso que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.

 

Diagnóstico

 

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As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas (blásticas) da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e outros. A fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção dos eritrócitos pela medula óssea. Infecções que podem levar ao óbito são causadas pela redução dos leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo).

 

Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas (trombocitopenia). Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações. Elas são causadas pela infiltração das células leucêmicas nos ossos. Dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação são causados pelo comprometimento do SNC.

 

A suspeita do diagnóstico é reforçada pelo exame físico. O paciente pode apresentar palidez, febre, aumento do baço (esplenomegalia) e sinais decorrentes da trombocitopenia, tais como epistaxe (sangramento nasal), hemorragias conjuntivais, sangramentos gengivais, petéquias (pontos violáceos na pele) e equimoses (manchas roxas na pele). Na análise laboratorial, o hemograma estará alterado, porém, o diagnóstico é confirmado no exame da medula óssea (mielograma).

 

Tratamento

 

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Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.

 

O tratamento é feito em várias fases. A primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido entre um e dois meses após o início do tratamento, quando os exames não mais evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e da medula óssea e o exame físico não demonstram mais anormalidades. Entretanto, pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas células leucêmicas (doença residual), o que obriga a continuação do tratamento para não haver recaída da doença.

 

Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia (linfóide ou mielóide), podendo durar mais de dois anos nas linfóides e menos de um ano nas mielóides. São três fases: consolidação (tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente); reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses). Por ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser necessária a internação do paciente nos casos de infecção decorrente da queda dos glóbulos brancos normais pelo próprio tratamento.

 

Transplante salva vidas

 

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Fotos: Reprodução

 

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

 

Em Manaus, o cadastro de doadores é feito no Hemocentro. As células coletadas do doador para o transplante são cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que reúne informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas etc) de voluntários à doação de medula para pacientes que precisam do transplante. Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no Redome com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para efetivar a doação.

 

Desde 2001, quando se deu início aos registros no Redome pelo Hemoam, já foram viabilizados 209 transplantes de medula óssea. Em 2019, oito pacientes também conseguiram a oportunidade de realizar transplante de medula óssea, cinco delas são crianças e adolescentes.

 

Atualmente, o Amazonas tem 31.548 pessoas cadastradas no Redome. Em 2019, 256 pessoas se cadastraram como possíveis doadores. Para se cadastrar é necessário apresentar documento oficial de identidade com foto e preencher os formulários de cadastramento. É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade.

 

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A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) fica localizada na avenida Constantino Nery, 4397, bairro Chapada. Para obter mais informações sobre esses procedimentos, entre em contato pelo telefone: (92) 3655-0100, ou pessoalmente no serviço social do Hemoam, de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h ou das 13h às 15h30.

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