07 de Maio de 2024 - Ano 10
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11/07/2020

Jovem se diz traumatizada após ter imagem associada a sexo no Lago

Foto: Reprodução

A jovem de 18 anos teve fotografias e perfis nas redes sociais compartilhados em grupos de WhatsApp junto a materiais pornográficos de suruba em uma embarcação no Lago Paranoá. A Polícia Civil investiga o caso

Mais uma mulher que teve a imagem associada ao sexo grupal em uma lancha no Lago Paranoá denunciou o caso para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em conversa exclusiva com o Correio, a estudante de pedagogia Eduarda Ribeiro, de 18 anos, relatou como teve a vida pessoal afetada após ter fotos e perfis nas redes sociais divulgados criminosamente com o conteúdo pornográfico da suruba em embarcação.

 

A vítima passou a ser relacionada com o caso em 2 de julho, quando o material sexual passou a circular em grupos de WhatsApp. A divulgação do sexo grupal circulou em conversas não apenas de moradores da capital federal, mas de residentes de outras unidades da Federação. Na semana passada, outras oito pessoas que tiveram as imagens associadas à suruba já tinham denunciado a situação na 20ª Delegacia de Polícia (Gama) e na 19ª DP (Setor P Norte — Ceilândia).

 

Eduarda Ribeiro descobriu ter sido vítima de crime cibernético após uma amiga próxima informá-la que fotos da estudante circularam em grupos no WhatsApp. “Eu estava fazendo aula on-line da autoescola quando recebi os prints. Eu me assustei muito, mas tentei manter a calma. Só que passei a receber relatos seguidos, incluindo do meu namorado. Um morador do Rio de Janeiro o procurou, explicando que o material pornográfico estava sendo divulgado juntamente com minhas fotografias, e perfis do Instagram e Facebook”, explica a moradora do Riacho Fundo 1.

 

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Uma das fotos que a vítima teve associada ao grupo do Barco do Amor

Foto: Reprodução

 

Com a notícia, a jovem sofreu uma crise de ansiedade e alergia. Para não ter de repor a aula do Detran, continuou presente na classe on-line e, então, procurou atendimento médico. “Fiquei muito nervosa com toda a situação, até porque a mulher nas fotos de cunho sexual realmente se parece comigo. Chorei muito e fui encaminhada para terapia, pois estou sofrendo com transtorno pós-traumático, associado a início de síndrome do pânico”, conta.

 

“Em meio ao turbilhão de emoções, fiz vídeos explicando que não era eu naquele material pornográfico. Mas continuei recebendo mensagens ofensivas de homens e diversos seguidores. Enviavam as fotos e vídeos sexuais, falando que eu estava de parabéns, que tinha ficado famosa no país todo. A situação tomou uma proporção tão grande que a divulgação chegou ao grupo da minha igreja e entre pais de amigas”, relata a vítima.

 

Para evitar uma “perseguição” cibernética, Eduarda fechou o perfil do Instagram em 3 de julho e mudou o nome. Só então é que a estudante parou de receber mensagens de pessoas desconhecidas. “Quando consegui me acalmar e entender o que estava passando, procurei uma advogada e registrei o boletim de ocorrência. O que fizeram comigo é crime, e as pessoas precisam entender isso”, afirma.

 

A estudante registrou o boletim de ocorrência, no âmbito dos crimes contra a honra, na 19ª DP. De acordo com a advogada de defesa da vítima, Dara Fernandes, o objetivo da denúncia é “que o responsável pelo compartilhamento seja identificado e, desse modo, ocorra a responsabilização cível, por danos morais, além da criminal”.

 

Investigação


Na 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte), sete vítimas registraram denúncias por terem as imagens associadas ao sexo grupal na embarcação do Lago Paranoá. Quanto ao caso da jovem Eduarda Ribeiro, o delegado-adjunto Sérgio Bautzer, responsável pela apuração, acredita que a relação do ato sexual com a estudante foi realizada provavelmente por um conhecido.

 

“A vítima prestou esclarecimentos por mais de uma hora e, inclusive, apresentou prints de diversos grupos onde ocorreu a compartilhação do material. Há o levantamento de números de telefones e de pessoas que compartilhavam as imagens nesses grupos de WhatsApp e vamos analisar cada um. Temos também temos dados de indivíduos que perturbaram a jovem pelo Instagram, por meio de piadas e comentários indevidos. Tudo será investigado”, garante.

 

A vítima passou a receber mensagens ofensivas nas redes sociais,

como no perfil do Instagram (Foto: Reprodução)


Quanto às demais vítimas que buscaram a unidade policial na sexta-feira passada (3), o delegado esclarece que aguarda “as três irmãs, que tiveram as imagens associadas ao barco do amor, apresentem contatos incomuns que que possam ter captado e fotografado as fotos delas nos status do WhatsApp". "Vamos analisar contatos em comum nas agendas de WhatsApp dos telefones das irmãs, que possam ter captado ou printado as fotos das vítimas para relacionar com o caso.”

 

Verdadeiros participantes


Na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), os agentes tentam identificar quem são os verdadeiros participantes do sexo grupal. Os envolvidos responderão por ato obsceno, uma vez que praticar sexo ao ar livre ou em local público é crime, de acordo com o artigo 233 do Código Penal Brasileiro, cuja penalização é de detenção de três meses a um ano ou multa.

 

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O delegado-chefe Wellington Barros explica que, para chegar até o grupo, são analisados ao menos três vídeos recebidos na denúncia de ato obsceno. No entanto, o investigador também pede auxílio da população para chegar até os envolvidos, por meio de denúncias anônimas.  

 

Correio Braziliense

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