Copom interrompe queda da taxa básica de juros e deputado federal petista vai para cima de decisão do Banco Central
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (31), manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano, optando por não alterar os juros pela primeira vez desde que encerrou um ciclo de cortes em junho.
A série de reduções, que começou em agosto do ano passado, havia diminuído a taxa Selic em 0,5 ponto percentual por reunião até março, seguida de um corte de 0,25 ponto em maio.O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) as (PT-RJ), um dos maiores críticos da atuação do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, gravou vídeo e postou nas redes sociais e criticou a decisão da autoridade monetária.
Segundo comunicado do Copom, a manutenção da taxa foi motivada por um "ambiente externo adverso" e a resiliência da atividade econômica e do mercado de trabalho domésticos, que têm se mostrado mais dinâmicos que o esperado.
Veja também
Giro Cultural do Cecam movimenta economia solidária no Alto Solimões
Brasil estima déficit de R$ 20 bilhões com insumos farmacêuticos importados
A decisão visa consolidar o processo de desinflação, com o Copom reforçando que a política monetária permanecerá contracionista pelo tempo necessário para não apenas frear a inflação, mas também ancorar as expectativas de inflação em torno das metas estabelecidas. O Copom alertou que futuros ajustes na Selic dependerão do compromisso com a convergência da inflação à meta.
LAMENTÁVEL! COPOM mantém taxa de juros em 10,5%, uma das mais altas do mundo. Roberto Campos Neto continua sabotando o Brasil e nossa economia! pic.twitter.com/xP1SYpOpTd
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) July 31, 2024
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, registrou um aumento de 0,21% em junho, abaixo do registrado em maio, de 0,46%. No acumulado do ano, o IPCA subiu 2,48%, e nos últimos 12 meses, a taxa foi de 4,23%, superior aos 3,93% observados nos 12 meses anteriores.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram
Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O Relatório de Inflação do Banco Central, divulgado em junho, projeta que a inflação deverá atingir 4% em 2024. Similarmente, o boletim Focus, uma pesquisa semanal com instituições financeiras, prevê que a inflação oficial encerre o ano em 4,1%.
Fonte: Agência Brasil