O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, prometeu aos banqueiros entregar neste ano a aprovação de duas reformas econômicas: a administrativa e a tributária. Após um jantar com integrantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o deputado afirma que pode concluir a reforma administrativa em dois meses na sua casa, que poderia ser concluída no Senado em mais um mês.
— Assim teremos um marco para o primeiro trimestre desta nova gestão do Congresso — afirmou Lira em vídeo distribuído pela Febraban após o jantar.
Lira afirmou que assim que for constituída a nova composição da Comissão de Constituição e Justiça, prevista para a próxima semana, a reforma administrativa deverá ter uma tramitação prioritária.
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Ele afirmou, contudo, que a reforma tributária tende a demorar mais para ser aprovada, devido à complexidade do tema, e por envolver o interesse de diversos atores, como os governos estaduais, prefeituras e a iniciativa privada. Assim, ele espera que sua aprovação ocorra em um período entre seis e oito meses.
Lira voltou a dizer que tem boa relação com o governo, de forma “harmônica e independente”. Questionado em uma entrevista da Febraban, ele disse que tem uma relação respeitosa com Paulo Guedes, ministro da Economia, e que ambos têm trocado impressões: ele dando cenários e dicas políticas ao ministro, que por sua vez passa dados e informações econômicas ao deputado.
— A relação com o ministro Paulo Guedes é boa, é respeitosa — disse.— Quando eu tenho dificuldades eu coloco, quando ele tem dificuldades ele coloca, nós conversamos sobre as situações. A percepção política quem tem a obrigação de passar ao ministro sou eu, como está o cenário, o que é mais palatável ou não. Do outro lado ele fala dos caminhos, das consequências.
Ele reconheceu que é sempre mais fácil para o governo aprovar reformas na primeira metade do governo, mas negou que a proximidade com as eleições de 2022 vão afetar o andamento das reformas no Congresso:
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— Nós vamos entregar neste ano as reformas que ficaram de 2019 e 2020.
Fonte: O Globo