26 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Curiosidade
13/06/2021

Mãe com hiperêmese gravídica perde quase 50 kg em gestação; entenda a condição

Foto: Reprodução

Antes e depois de Michelle sofrer com hiperêmese gravídica

Uma mãe de Brighton, no Reino Unido, perdeu quase metade do seu peso corporal durante a gravidez, depois que os enjôos matinais extremos a fizeram vomitar mais de 50 vezes por dia. A britânica Michelle Stevens, 33, quase 50 quilos durante os nove meses, até nascimentodo do filho, Ollie. A mãe sofreu de hiperêmese gravídica — o mesmo enjôo brutal experimentado pela duquesa de Cambridge e por famosas como as apresentadoras brasileiras Tatá Werneck e Fernanda Lima.

 

A náusea constante era tão debilitante que Michelle disse ter considerado, até mesmo, interromper a tão desejada gravidez. Ela afirma que mal conseguiu comer ou beber pelos nove meses e foi hospitalizada inúmeras vezes. Os médicos disseram que era o pior caso da condição que já haviam visto, mas Michelle disse que valeu a pena para ter seu adorável Ollie.

 

"A doença foi a primeira indicação de que eu estava grávida, com apenas quatro semanas, mas ficou cada vez pior e eu vomitava mais de 50 vezes por dia. Eu entrava e saía do hospital constantemente recebendo soro intravenoso e tubos de alimentação porque estava muito desnutrida e desidratada.

 

Veja também

 

Médico de hospital onde americano 'abocanhado por baleia' foi atendido diz acreditar em 'história de pescador'. VEJA

 

Ovos de crocodilo da ‘Era dos Dinossauros’ são encontrados em sítio paleontológico

 

A náusea era tão forte que pensei em interromper a gravidez em alguns momentos, e mal percebi a perda de peso porque estava muito doente", conta. "Eu teria dado qualquer coisa para ser capaz de comer normalmente, mesmo que isso significasse permanecer acima do peso. Ainda tenho problemas de estômago. Antes da gravidez, queria perder um pouco de peso, mas, certamente não era isso que eu tinha em mente", comentou.

 

Michelle, que também tem Joshua, 11, e Sarah, 13, acabou no pronto-socorro com cinco semanas de gravidez, apenas uma semana após seu teste positivo, por causa das constantes náuseas e vômitos. Incapaz de comer ou beber, os médicos do Royal Sussex County Hospital, Brighton, ficaram preocupados com o quão fraca e desidratada ela estava ficando.

 

A assistente de saúde experimentou náuseas constantes e, após o diagnostico de hiperêmese gravídica, passou a receber um coquetel de medicamentos. Mas eles mal funcionaram e ela passou por constantes visitas ao hospital para tomar soro intravenoso na tentativa de mantê-la hidratada. Perigosamente fraca, ela chegou a um ponto que precisou de um tubo que distribuía nutrientes diretamente em suas veias e passou a receber duas bolsas de soro por dia.

 

Michelle sofreu durante sua gravidez (Foto: Reprodução/Mirror)

 

"O enjôo continuou durante toda a gravidez e parecia piorar cada vez mais", lembra. Ela admite que considerou fazer um aborto, mas resistiu devido à culpa, pelo bem de seu marido, consultor de TI, Gavin, de 39 anos, e dos filhos. Finalmente, Ollie nasceu de uma cesariana em 4 de junho de 2020. A criança foi levada às pressas para a UTIN com o pulmão colapsado como resultado da gravidez traumática e ela foi para a UTI para acompanhamento e tratamento posterior, mas mãe e o bebê puderam voltar para casa dez dias depois.

 

Michelle, quase 50 quilos a menos, quando recebeu alta (Foto: Reprodução/Mirror)

Fotos: Reproduções

 

Michelle ficou com um problema de estômago não diagnosticado, o que significa que ela não pode ganhar peso e comer, às vezes, é doloroso. "Tenho uma nutricionista que está procurando respostas, é incrivelmente doloroso de comer. Eu queria perder peso antes de engravidar, mas agora estou menor do que sempre quis ser", lamenta. Apesar de sua "gravidez infernal", ela disse que o principal é que Ollie está feliz e saudável. "Tive HG em minhas gestações anteriores, mas nunca percebi o quão grave pode se tornar. Isso foi diferente de tudo que eu experimentei antes. Mas estamos muito gratos por ter Ollie e o adoramos. Isso é o mais importante", finalizou.

 

Sobre hiperêmese gravídica


De acordo com Mário Macoto, coordenador de obstetrícia da Maternidade Pro Matre Paulista, a maioria das grávidas sentem enjoos comuns da gestação, decorrentes das mudanças hormonais. No entanto, o aumento exagerado, que impede a alimentação e interrompe a rotina, pode ser sinal de um quadro de hiperêmese. "O excesso de náuseas e vômitos pode comprometer o estado materno, ou seja, a gestante não consegue manter uma alimentação mínima sem vomitar.

 

Com isso, pode apresentar desidratação com alterações clínicas secundárias, como hipotensão (queda da pressão arterial) e taquicardia, além de sensação de fraqueza, boca seca e emagrecimento. Já para o bebê, são raros os casos em que o problema afeta o desenvolvimento. Porém, casos em que há desnutrição materna grave podem resultar em baixo peso do bebê para a idade gestacional ou nascimento prematuro", explica o especialista.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram

Entre no nosso Grupo de WhatsApp. 

 

Ainda segundo médico, não existe prevenção para a hiperêmese, já que depende da sensibilidade de cada organismo para as alterações hormonais, mas dá para controlar os sintomas com uma dieta leve, em menores intervalos de tempo. "Evite o consumo de alimentos gordurosos e proessados", indica. "Quando há perda de peso, alterações clínicas e laboratoriais, é recomendado que a paciente seja internada para hidratação endovenosa e correção dos possíveis distúrbios. Pode ser necessário jejum nas primeiras horas até que a gestante seja reidratada", diz. Em alguns casos, é preciso aliviar as náuses e vômitos com o uso de medimentos. "O apoio psicológico também é importante para as grávidas que enfrentam o problema", completa.

 

Fonte: Revista Crescer

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.