19 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
06/01/2021

Manifestantes insuflados por Trump invadem Capitólio e interrompem sessão de confirmação de vitória de Biden no Congresso. VEJA VÍDEO

Foto: Reprodução

Apoiadores de Donald Trump invadem a Rotunda do Congresso dos EUA

Em um dos dias mais tensos da História recente dos Estados Unidos, apoiadores de Donald Trump invadiram o Congresso, onde era realizada a sessão para contar os votos do Colégio Eleitoral e ceriticar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de novembro, a última etapa formal do processo eleitoral antes da posse do democrata, em 20 de janeiro.

 

Antes das primeiras bombas de gás serem detonadas dentro e fora do prédio, Trump, que se recusa a reconhecer sua derrota e fracassou em todas as tentivas jurídicas de contestar o resultado, havia sido alvo de declarações duras de duas das principais lideranças republicanas, que o apoiaram ao longo do mandato.

 

A começar pelo vice-presidente, Mike Pence, que tem um papel cerimonial no processo de confirmação. Trump queria que ele rejeitasse os resultados do Colégio Eleitoral e o declarasse reeleito. Mas, antes da sessão, Pence foi categórico ao negar a possibilidade.

 

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Invasão


Do lado de fora do prédio, milhares de manifestantes pró-Trump repetiam o discurso do presidente, e tentavam pressionar os congressistas para que adotassem uma saída favorável ao republicano. Desde o começo do dia o clima era tenso, e no meio da tarde um grupo invadiu o prédio do Congresso. A sessão foi suspensa, e o vice-presidente Mike Pence levado para um local seguro.

 

— Isso foi o que vocês conseguiram caras! — disse o senador Mitt Romney ao deixar o plenário, aparentemente se dirigindo aos colegas que apoiaram a tentativa de Trump de derrubar os resultados do Colégio Eleitoral, segundo o New York Times.

 

Alguns dos manifestantes que invadiram o prédio estavam armados, e chegaram a entrar nos plenários da Câmara e do Senado. Partes do prédio foram depredadas, e a polícia chegou a apontar armas para alguns dos invasores. Parlamentares, funcionários do Congresso e jornalistas, foram levados para locais mais seguros. Do lado de foral, partes do palco que será usado na posse de Biden, no dia 20 de janeiro, foram danificadas. Uma mulher que estava com os manifestantes foi baleada perto de uma porta que estava bloqueada na entrada do plenário da Câmara. Ela foi levada ao hospital e não há informações sobre seu estado de saúde. Há relatos de outras pessoas feridas.

 

Entre os invasores, muitos trajavam uniformes militares, cartazes da campanha do presidente à reeleição e fantasias. Bandeiras dos Confederados, associadas a grupos segregacionistas, também estavam nas mãos das dezenas de pessoas que entraram no prédio sem muita resistência policial.

 

Diante da situação, a prefeitura de Washington decretou um toque de recolher em toda a capital americana, válido entre as 18h (20h de Brasília) até as 6 da manhã de quinta-feira (8 da manhã pelo horário de Brasília). Apenas pessoas designadas pela prefeitura, incluindo jornalistas credenciados e trabalhadores de serviços essenciais poderão circular nesses horários.

 

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, afirmou que, a pedido de Donald Trump, a Guarda Nacional está a caminho do Congresso com "outros serviços federais de proteção". Contudo, segundo o Washington Post, o Departamento de Defesa havia negado um pedido da prefeitura de Washington para que a Guarda fosse empregada na defesa do prédio.

 

Hoje, o departamento é liderado pelo secretário interino Christopher Miller, um aliado de Trump que assumiu o cargo em novembro. Jornalistas e parlamentares que acompanaram a situação afirmaram ser evidente que a polícia precisava de reforços para lidar com os manifestantes, mas a ajuda da Guarda Nacional — que foi empregada nos protestos contra o racismo no ano passado — não chegou. Agora, o Pentágono confirmou o envio das tropas.

 

Mais cedo, Trump fez três publicações no Twitter: uma atacando o vice, Mike Pence, que se recusou a seguir suas ordens e derrubar os votos do Colégio Eleitoral ("Mike Pence não teve a coragem de fazer o que deveria ser feito e proteger nosso país e Constituição") . Em duas outras mensagens, pediu que seus apoiadores agissem de forma pacífica e respeitassem as forças de segurança.

 

Em nenhum momento ele condenou a invasão do Congresso ou pediu que todos voltassem às suas casas. Já o seu vice, Mike Pence, pediu que todos os protestos sejam interrompidos imediatamente, e afirmou que todos envolvidos na violência serão processados.

 

O protesto foi convocado pelas redes sociais, e tenta pressionar os republicanos para que apoiem a iniciativa do presidente para derrubar os resultados do Colégio Eleitoral, algo que nao tem previsão legal no país. No momento, o ato é acompanhado por milhares de pessoas.

 

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Mais cedo, em discurso, Donald Trump defendeu que seus apoiadores se concentrassem diante do Congresso para pressionar deputados e senadores para que atuassem em sua defesa, e prometeu que "estaria junto deles", sem especificar se iria comparecer ao ato. Na véspera da votação, as autoridades de Washington reforçaram a segurança na cidade, incluindo com o apoio da Guarda Nacional, e alertaram os moradores para que evitassem as concentrações de apoiadores de Trump.

 

Fonte: O Globo

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