29 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
18/06/2021

Merkel e Macron pedem maior coordenação sanitária para evitar novas variantes do coronavírus na UE

Foto: Reprodução

Em um encontro em tom de despedida, líderes europeus defendem diálogo com a Rússia

O pretexto era coordenar a reunião do Conselho Europeu na próxima semana, mas a visita do presidente francês Emmanuel Macron a Berlim esta sexta-feira também teve um certo tom de despedida. A chanceler Angela Merkel não recebera nenhum convidado estrangeiro até agora neste ano devido a restrições contra a pandemia.

 

Esta possivelmente foi a última chance que os dois líderes tiveram de se reunir bilateralmente enquanto chefes de Estado, já que após as eleições alemãs de setembro, a saída de Merkel levará à mudança de um dos protagonistas do eixo franco-alemão.

 

A chanceler celebrou poder receber Macron pessoalmente — a incidência do vírus na Alemanha vem diminuindo há semanas e a vida pública praticamente se recuperou — mas imediatamente alertou sobre os desafios da pandemia:

 

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— Não podemos fingir que o coronavírus acabou — afirmou Merkel, em breve entrevista coletiva oferecida pelos dois líderes antes do encontro, que incluiu um jantar na sede do governo.

 

Merkel e Macron pediram maior coordenação na área de saúde para evitar a entrada de novas variantes da Covid-19 na Alemanha.

 

Ao contrário de países como Espanha e Portugal, França e Alemanha mantêm restrições a pessoas do Reino Unido, onde quase todos os casos que estão a ser detectados são da variante Delta, mais contagiosa, que preocupa os especialistas.

 

Macron disse, embora sem citar nomes, que alguns Estados-membros ignoraram riscos ao reabrirem suas fronteiras aos britânicos para aumentar o turismo.

 

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— Devemos ter cuidado para não importar essas variantes — disse ele.

 

Merkel disse que ficou surpresa ao ver que alguns países tiveram estádios lotados durante os jogos da Eurocopa, como foi o caso da Hungria.

 

Na Alemanha, a capacidade é muito restrita. Aos questionamentos dos jornalistas sobre a conveniência de realizar a final e as semifinais da competição no Reino Unido, os políticos preferiram não responder, embora Macron tenha dito que o perigo maior está na movimentação de torcedores, e não tanto nas viagens das equipes e de seus funcionários, que são mantidos em bolhas muito controladas.

 

A situação da pandemia também vai estar na pauta da reunião de líderes no Conselho Europeu nos próximos 24 e 25. A recuperação econômica, as migrações e as relações externas ocupam a maior parte da agenda, afirmaram Merkel e Macron, que destacaram em particular as relações com Turquia e Rússia. O presidente francês afirmou que os parceiros europeus devem "agir de forma solidária perante as provocações da Rússia" e que devem existir regras comuns para todos em relação ao vizinho do Leste.

 

Merkel defendeu que a UE deve manter o diálogo com a Rússia, apesar do conflito na Ucrânia e do papel do Kremlin na Síria.

 

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— A Rússia é um grande desafio para nós, mas também é um vizinho continental da União Europeia. Devemos ter certeza de impedir todos os ataques híbridos, mas, ao mesmo tempo, estamos interessados em continuar o diálogo se quisermos segurança e estabilidade na Europa, por mais difícil que seja.

 

Merkel destacou a reunião que o presidente dos EUA, Joe Biden, teve esta semana com o presidente russo, Vladimir Putin, em Genebra.

 

— Acho importante que, se Biden mantiver um diálogo aberto com Putin, nós, do lado europeu, façamos o mesmo — acrescentou.

 

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Fotos: Reproduções

 

A cooperação entre os parceiros também é decisiva em termos de política migratória, disse Macron, que apelou à "solidariedade e responsabilidade" de todos os Estados-membros, tanto os que recebem os imigrantes como primeiro destino como os que os hospedam posteriormente.

 

Os dois líderes relembraram seu último encontro, no Palácio Meseberg, ao Norte de Berlim, em junho do ano passado. O eixo franco-alemão naquele dia deu um impulso definitivo ao multibilionário plano de resgate europeu. Na ocasião, ambos evitaram tomar decisões sobre o retorno à estabilidade fiscal, previsto para 2023.

 

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Macron garantiu que agora a prioridade é o plano de recuperação europeu, e não discutir se o período de suspensão do Pacto de Estabilidade e Crescimento deve ser prorrogado. O objetivo deve ser, disse ele — e Merkel apoiou-o durante seu discurso —, retornar aos níveis de crescimento, investimento e emprego anteriores à pandemia.

 

Fonte: O Globo

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